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    Crise da água

    Com 'volume morto', nível do Cantareira chega a 19,4%

    DE SÃO PAULO

    07/07/2014 02h53

    Sem chuva à vista, o sistema Cantareira já opera com menos de 20% da capacidade desde sexta-feira (4). A medição considera o "volume morto" –reserva do fundo dos reservatórios, usado desde maio.

    O sistema Cantareira é o responsável por atender 8,8 milhões de pessoas na Grande São Paulo, praticamente metade da população da região metropolitana.

    Desde que o "volume morto" foi adotado na captação, o sistema perdeu 7,3% de sua capacidade. Em 16 de maio, seu nível registrava 26,7%.

    Nos últimos dez dias, o volume do reservatório esvaziou 1,7 ponto percentual.

    Luís Moura/Folhapress
    Nível da água fica baixo na represa Jaguari-Jacareí, no Sistema Cantareira, interior de São Paulo; falta de chuva deve durar até pelo menos setembro
    Nível da água fica baixo na represa Jaguari-Jacareí, no Sistema Cantareira, interior de São Paulo; falta de chuva deve durar até pelo menos setembro

    Neste domingo, operava com 19,4% da capacidade. Em 27 de junho, o índice era de 21,1%.

    Internamente, para garantir água até março de 2015, a Sabesp projetava uma redução média de até 1,5 ponto percentual a cada dez dias, além da elevação do volume de chuva nos próximos meses do ano.

    Estudo da Somar Meteorologia mostra que existe um aquecimento das águas do Oceano Pacífico atuando sobre o Brasil.

    Esse fenômeno, conhecido como El Niño, deve fazer com que as frentes frias fiquem bloqueadas mais ao Sul do país, provocando muita chuva por lá, como ocorreu na semana retrasada.

    A previsão da Somar Meteorologia para a região do sistema Cantareira indica falta de chuva até ao menos setembro.

    Ainda não é possível fazer uma previsão confiável sobre as chuvas do fim deste ano.

    PERDA

    Se o ritmo da saída de água for mantido e o clima sem chuva continuar, os reservatórios só garantiriam abastecimento até, no máximo, novembro.

    A Sabesp diz que continua com ações para retardar a perda de reserva, como bônus a quem reduzir o consumo e o uso de outros sistemas para abastecer bairros antes atendidos pelo Cantareira.

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