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    Medicamento para os filhos com hiperatividade divide pais

    HELOISA BRENHA
    DE SÃO PAULO

    15/07/2014 02h00

    A experiência de dar Ritalina aos filhos diagnosticados com transtorno do deficit de atenção divide pais entre o receio e a defesa do medicamento.

    "Meu filho falava 'Mamãe, tem alguma coisa em mim que não me deixa desligar'", diz a fonoaudióloga Patricia Figueiredo, 43.

    Há dois anos, ela levou Bruno, 10, à neurologista por sua dificuldade em se alfabetizar. Ele tomou Ritalina por dez dias. "Supendemos após ele passar duas noites sem dormir. Hoje, ele só vai à psicóloga uma vez por semana".

    Patricia conta que o filho ainda está aprendendo a escrever e que faz as provas oralmente no colégio. Há hipótese, segundo ela, de ele ter dislexia.

    "A médica disse que podemos tentar a Ritalina de novo daqui uns anos, mas eu não quero. Vejo ele controlar melhor os impulsos e estou segura de que está saudável, ainda que demore mais para aprender."

    Para a pedagoga Sandra Tonarelli, 51, a Ritalina solucionou problemas de atenção das duas filhas, Erika, 20, e Letícia, 12, diagnosticadas neste ano.

    "Foi uma surpresa, especialmente quanto à mais velha, que sempre foi calma e estudiosa", afirma.

    Segundo Sandra, tomando a dose mínima de Ritalina, o desempenho das duas ambas melhorou muito. "A Erika acabou de passar em medicina", diz.

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