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    Auditoria nas contas do transporte de SP atrasa e fica para outubro

    ANDRÉ MONTEIRO
    DE SÃO PAULO

    18/07/2014 17h09

    A auditoria nas contas do transporte público de São Paulo atrasou e agora a gestão Fernando Haddad (PT) diz que o trabalho deve ser concluído em outubro.

    Ao contratar a consultoria Ernst & Young, em março, a previsão era de que o relatório final fosse apresentado em 18 de julho.

    Segundo a SPTrans (empresa municipal que gerencia o transporte), o contrato teve aditamento de prazo, sem acréscimo no preço, de R$ 4 milhões, "em virtude da complexidade e volume do trabalho que está sendo executado".

    "As operadoras ainda estão coletando as informações e documentações que servem de base para a verificação", diz a empresa.

    O objetivo da auditoria é avaliar a contabilidade informada pelas empresas de ônibus, calcular custos com frota, funcionários e insumos (como combustível e pneus), por exemplo, estimar margens de lucro e avaliar a qualidade dos serviços.

    Além de checar a consistência das finanças, a auditoria também servirá de base para a nova licitação do transporte e para atualizar o modelo de cálculo da passagem e da tarifa paga às viações.

    A licitação da auditoria foi aberta no ano passado, na esteira dos protestos de junho de 2013. A previsão inicial era de que o trabalho levaria 12 meses, mas a prefeitura pressionou a empresa para encurtar o prazo.

    "Trata-se de uma iniciativa inédita do poder público e que está sendo executada com o máximo rigor e cuidado", diz agora a SPTrans.

    CONTRATOS

    Os contratos com as empresas de ônibus venceram em julho do ano passado. A gestão petista chegou a abrir uma licitação, mas cancelou a concorrência por causa dos protestos.

    Para evitar a falta de ônibus nas ruas, Haddad assinou contratos emergenciais com as mesmas empresas, com duração de um ano.

    A expectativa era lançar nova licitação antes do vencimento desses contratos, mas agora será preciso fazer novo aditamento emergencial com as viações. O prazo de vigência, porém, ainda é incerto.

    A situação de indefinição tem causado impactos nas ruas. A frota de ônibus atingiu a maior média de idade dos últimos oito anos.

    Em abril, 619 veículos já haviam ultrapassado o limite de dez anos de vida útil –quando, por contrato, deveriam ser aposentados. Eles representam 4% da frota municipal.

    As empresas dizem que não estão investindo porque não sabem por quanto tempo continuarão operando. Já a prefeitura afirmou que multa empresas que usam ônibus antigos.

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