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    Após contaminação, Cetesb recomenda liberação do campus da USP Leste

    FÁBIO TAKAHASHI
    DE SÃO PAULO

    22/07/2014 02h00

    Uma decisão tomada na semana passada tornou mais próximo o fim da interdição do campus da USP Leste.

    Após novas análises, a Cetesb emitiu parecer em que recomenda a liberação da unidade, fechada desde o início do ano em razão da contaminação do solo. A palavra final será dada pela Justiça, que ainda não se manifestou.

    Em nove dias vencem os contratos de aluguel que garantiram as aulas dos cerca de 5.000 alunos da escola em locais provisórios no primeiro semestre letivo.

    A reitoria da USP afirma que conta com a desinterdição e que não há novo plano com locais provisórios.

    Robson Ventura - 22.mai.2013/Folhapress
    Cetesb recomenda liberação do campus da USP Leste após contaminação
    Cetesb recomenda liberação do campus da USP Leste após contaminação

    A unidade foi interditada judicialmente com base em relatórios da própria Cetesb, que apontaram risco de explosão devido à presença do gás metano no solo e de terra contaminada, proveniente da drenagem do rio Tietê.

    O órgão de controle ambiental do Estado afirma agora que a universidade tomou medidas que possibilitam a reabertura do campus.

    Entre as ações citadas estão a instalação de dutos de extração do gás (em fase final) e a colocação de grama na terra contaminada e de tapumes que isolam parte da área do campus.

    A Cetesb, porém, diz que são necessárias medidas complementares, como maior investigação sobre o solo.

    No início de 2014, quando analisou só a situação do gás e não havia o sistema de extração do metano, a Cetesb recomendou a desinterdição. Mas a Justiça decidiu exigir mais melhorias. A avaliação atual é mais abrangente.

    A liberação da unidade divide docentes e alunos. Uma parte entende ser possível o retorno. Outros dizem que a desinterdição pode fazer com que deixem de ser tomadas medidas que solucionem de vez os problemas, como retirada da terra contaminada.

    "E deveria estar em curso um plano caso a Justiça não libere o campus. Não é garantido que seja desinterditado", diz a professora da obstetrícia Elisabete Franco Cruz. "Ficamos espalhados por 14 locais, em condições difíceis. Isso não pode se repetir."

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