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    Polícia de Minas investiga declaração sobre paradeiro de Eliza Samudio

    PAULA SPERB
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

    24/07/2014 17h24

    Jorge Rosa Sales, 21, primo do goleiro Bruno Fernandes de Souza, condenado pela morte da ex-amante Eliza Samudio, está prestando depoimento à Polícia Civil em Belo Horizonte desde as 17h desta quinta-feira (24).

    O delegado Walter Pinto, chefe do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), interroga Sales para checar a veracidade das declarações dele durante uma entrevista veiculada nesta manhã pela rádio Tupi, do Rio de Janeiro.

    Na entrevista, Sales reiterou que Bruno não sabia que Eliza seria assassinada e informou a suposta localização do corpo da ex-modelo, que desapareceu em 2010. O corpo nunca foi encontrado.

    Sales disse que Eliza foi enterrada em um "sitiozinho" próximo do aeroporto de Confins, na capital mineira.

    "A estrada de chão é bastante deserta, não tem muito movimento. É um lugar praticamente abandonado", afirmou à rádio.

    "O buraco onde ela está dá para jogar uns dez corpos", disse Sales, relatando que um coqueiro curvado é o ponto de referência para encontrar o corpo.

    O primo de Bruno afirmou também que Eliza foi asfixiada por Bola, apelido do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, que foi condenado a 22 anos de prisão. "Depois ele veio com uma faca branca e deu um talhe no pulso dela e arrancou [o pulso]. Não tem nada de esquartejamento, não. Ela está inteira. Só o pedaço da mão dela que tiraram."

    Sales disse que o bebê, que tinha quatro meses à época, ficou em por alguns instantes em seu colo.

    Depois de ser assassinada, ainda segundo Sales, Eliza foi enrolada em um lençol e em um saco preto de plástico com zíper. Depois, o corpo dela foi colocado no porta-malas de um veículo e levado ao local onde havia um buraco cavado com uma escavadeira.

    "Só chegou e jogou ela lá como se fosse nada. Pegamos e enterramos", disse Sales, referindo-se a Bola e Macarrão –como é chamado Luiz Romão, ex-secretário e braço direito de Bruno, condenado a 15 anos de prisão.

    Durante a entrevista, Sales justificou sua participação no crime dizendo que gostava de manusear armas e era o único que sabia lidar com armamentos. "Me chamou e eu fui", disse. Sales era menor de idade na época do crime, cumpriu uma medida socioeducativa após ser condenado e está em liberdade há dois anos.

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