Além de aumentar a tarifa acima da inflação, a gestão Fernando Haddad (PT) acelerou a criação de vagas de Zona Azul, que cobra pelo estacionamento nas ruas.
Foram criadas 3.165 vagas desde o início da gestão, um aumento de 9%. O crescimento foi puxado pela zona leste, onde a alta foi de 36%.
Como comparação, ao longo dos quatro anos da última gestão, de Gilberto Kassab (PSD), o número subiu 8%.
A Zona Azul permite no máximo duas horas de estacionamento. O valor atual, de R$ 3 por hora, vai subir para R$ 5 a partir desta sexta (1°).
Quem tiver o cartão antigo poderá usá-lo até o fim do ano. Depois, seu uso dará multa.
O aumento de preço e do número de vagas cobradas ocorre em meio a uma série de ações de Haddad para desestimular o uso do carro.
A CET diz que a implantação da Zona Azul "é feita com base em estudos que consideram a demanda por vagas de estacionamento, assim como a democratização do uso do espaço público". Não diz, porém, quantas novas vagas serão criadas nesta gestão.
| Editoria de Arte/Folhapress | ||
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ESGOTADOS
A três dias do aumento, os cartões antigos já se esgotaram nos pontos de venda no centro de São Paulo. Revendedores dizem que o problema é da distribuidora e que a procura só aumenta, já que eles valem até 31 de dezembro.
"A última remessa que recebi tinha 150 talões e, segundo a distribuidora, acabou o estoque. Só vai ter na segunda, com o preço novo, mas não dá para suprir todo mundo que está procurando", diz Geraldo Campos, 62, que tem uma banca de jornal no Brás.
Para evitar prejuízo, Campos diz que está vendendo as folhas avulsas. "A procura está muito grande desde que falaram do preço novo. Eu vendia 100 talões por dia. Depois, comecei a vender 200, 250."
Na distribuidora, uma funcionária do setor de vendas disse que os talões já acabaram na segunda (28) e que a nova remessa deve chegar na próxima semana, "provavelmente com o novo preço".
A CET diz que reforçou o fornecimento de cartões aos distribuidores em 65% no último mês, além de ter orientado "ênfase no fornecimento em locais com alta demanda".