Passa valer a partir desta sexta-feira o novo valor da tarifa pelo estacionamento nas vagas de Zona Azul na cidade de São Paulo. O preço da folha avulsa passou de R$ 3 para R$ 5.

O reajuste, de 67%, representa o dobro da inflação desde o último aumento, em outubro de 2009. Na ocasião, o valor subiu de R$ 1,80 para R$ 3. Desde então, o IPCA acumulado ficou em 32,6%.

As folhas do antigo talonário são válidas, de acordo com a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), até o dia 31 de dezembro.

A arrecadação da CET com a venda de folhas e talões de Zona Azul foi de R$ 59,8 milhões em 2013. O valor equivale a 8% da receita anual da companhia.

O reajuste do preço, segundo a prefeitura, seguiu um estudo técnico da companhia.

O aumento ocorre em meio a uma série de medidas da gestão Fernando Haddad (PT) que desestimulam o uso do carro –incluindo a restrição de vagas para estacionar.

Entre elas está a criação de 342 km de faixas exclusivas de ônibus. Implantadas à direita, muitas delas acabaram eliminando vagas nas ruas.

	Editoria de Arte/Folhapress

Além de aumentar a tarifa acima da inflação, a gestão Fernando Haddad (PT) acelerou a criação de vagas de Zona Azul, que cobra pelo estacionamento nas ruas.

Foram criadas 3.165 vagas desde o início da gestão, um aumento de 9%. O crescimento foi puxado pela zona leste, onde a alta foi de 36%.

Como comparação, ao longo dos quatro anos da última gestão, de Gilberto Kassab (PSD), o número subiu 8%.

A CET diz que a implantação da Zona Azul "é feita com base em estudos que consideram a demanda por vagas de estacionamento, assim como a democratização do uso do espaço público". Não diz, porém, quantas novas vagas serão criadas nesta gestão.

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