Cerca de 50 mães com seus bebês participaram neste sábado (2), em Blumenau (SC), da "Hora do Mamaço", um ato em defesa do aleitamento materno.
A atividade faz parte da Semana Mundial do Aleitamento Materno, que segue até quinta-feira (7) com campanhas de conscientização em diversas partes do mundo, apoiadas pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e pela Unicef.
No Brasil, o movimento é organizado pelo grupo Aleitamento Materno Solidário, que reúne mães por meio do Facebook.
"Não é só alimento. O leite materno é líquido, alimento e segurança. Às vezes, é até um remédio, acalmando quando o bebê está com uma dorzinha", diz Jerusa da Silva Horácio, líder do "mamaço" em Blumenau.
Jerusa é mãe de duas crianças, uma menina de 10 anos e uma bebê de 1 ano e 4 meses, que mamou durante o ato desde sábado. Ela lembra que a OMS recomenda que o aleitamento ocorra de acordo com as necessidades do bebê.
Entretanto, para ela, não basta somente o desejo da mãe de amamentar. A líder do "mamaço" diz que as mães precisam ser apoiadas e compreendidas. "Precisa do apoio dos colegas, do marido, dos filhos, de mercado de trabalho", conta.
Ela própria conta que passou por uma experiência de falta de informação sobre aleitamento, por parte do médico. Antes de sua filha nascer, Jerusa foi alertada de que só poderia amamentar mediante uma cirurgia porque tinha o bico do seio invertido.
Intrigada, "como pode uma mãe não amamentar seu filho?", saiu da consulta e comprou uma bomba para sugar seu leite. Além de ter amamento a filha, ainda virou doadora assídua do Banco de Leite da cidade.
Para a organizadora do "mamaço", também é importante a conscientização de que amamentar em público não é errado. "Se eu estou incomodando alguém ao pensar na saúde da minha filha, a pessoa que tem que sair. Ela que é preconceituosa", opina Jerusa.
Ela conta que no "mamaço" do ano passado apenas 8 mães participaram e está surpresa com a adesão ao movimento nesta edição.