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    Ex-secretário de Niterói e ex-presidente da Viradouro são presos

    BRUNA FANTTI
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO

    07/08/2014 20h59

    O ex-secretário de Segurança de Niterói, Marival Gomes da Silva, e o ex-presidente da escola de samba Unidos do Viradouro, Marcos Antônio Lira, foram presos na manhã desta quinta-feira (7), em Niterói, região metropolitana do Rio. Com outras quatro pessoas eles são acusados do homicídio de um subtenente reformado da Polícia Militar ocorrido em junho de 2012.

    As prisões foram realizadas após uma investigação conjunta do Ministério Público, da Divisão de Homicídios de Niterói e da Corregedoria Geral Unificada da secretaria de Segurança Pública.

    De acordo com a denúncia do Ministério Público, os dois presos são mandantes da morte de Carlos Elmir Pinto de Miranda, morto a tiros por cinco homens enquanto estacionava seu carro em Itaipu, distrito de Niterói. As investigações apontaram que Miranda recolhia o dinheiro da chamada máfia dos caça-níqueis para Silva e Lira, que seriam os dirigentes da organização criminosa.

    Ainda segundo as investigações, Miranda teria sido morto por não entregar o valor total da arrecadação ilícita.

    Também foi preso o policial militar do 12°BPM (Niterói), Anderson Luiz Portugal dos Santos, que, de acordo com a denúncia, participou da execução do homicídio. Os outros que participaram da execução foram identificados como Walter Carneiro da Silva Filho, Nathan Augusto da Silva Pereira e Sandro Borges Soares, que permanecem foragidos. Um outro homem, Érides Mendes, também participou do crime, mas morreu em troca de tiros com a vítima.

    Os acusados vão responder por homicídio duplamente qualificado e formação de quadrilha armada, crimes que podem chegar a 36 anos de prisão em regime fechado.

    Marival foi secretário de Segurança de Niterói durante 2009 e 2012, período em que a quadrilha já era atuante, segundo as investigações. A Prefeitura de Niterói informou que não vai emitir nota sobre sua prisão já que ele não participou da atual gestão.

    Lira, que também já atuou como inspetor da Polícia Civil, já havia sido investigado por envolvimento na máfia de caça-níqueis. Em janeiro de 2008, ele foi baleado na perna após discutir em um bar com o ex-presidente da escola de Samba Unidos da Vila Isabel, Wilson Vieira Alves.

    A discussão teria sido motivada durante a divisão do dinheiro arrecadado com as máquinas de caça-níqueis. Alves foi preso pela Polícia Federal, em 2010, após investigação que apontou seu envolvimento com a contravenção.

    A Folha não conseguiu localizar os advogados dos acusados, mas, de acordo com investigadores do caso, eles negaram as acusações durante depoimento.

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