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    Polícia de SP apura atraso em perícia de 'bombas'

    GIBA BERGAMIM JR.
    DE SÃO PAULO

    09/08/2014 02h00

    A Corregedoria da Polícia Civil disse nesta sexta (8) que investiga a demora no envio para a perícia de artefatos atribuídos a manifestantes em protesto contra a Copa.

    O Instituto de Criminalística -órgão estadual responsável por perícias- só começou a fazer o laudo 33 dias após a apreensão. A análise apontou que os objetos não eram explosivos nem inflamáveis.

    A demora para a realização das perícias em objetos atribuídos a Fábio Hideki Harano e Rafael Lusvarghi -presos em 23 de junho e soltos nesta quinta (7)-prejudicou o resultado, dizem promotores que denunciaram ambos.

    Eles são acusados de liderar "black blocs" -que defendem a depredação do patrimônio- e respondem a processo por associação criminosa e porte de explosivos, entre outros crimes.

    Editoria de Arte/Folhapress

    Mesmo com as análises negativas para bombas, a Promotoria pediu que os réus seguissem presos. O juiz Marcelo Matias Pereira determinou a soltura ao avaliar que a perícia enfraqueceu a acusação.

    Segundo os laudos, o IC recebeu em 25 de julho uma garrafa de Nescau com "cheiro de gasolina", que estaria com Lusvarghi, e um frasco de fixador de tintas com suposto pavio, atribuído a Hideki -a defesa deles diz que os objetos foram "plantados".

    Antes dessa data, os objetos estavam no Gate (grupo antibombas da PM), designado para analisar o potencial explosivo dos artefatos.

    O Gate, porém, pediu o apoio do IC para descobrir os elementos químicos que compunham os dois artefatos.

    O instituto constatou que havia cálcio, magnésio, oxigênio e material similar a carbonato, que foram submetidos a chamas e não pegaram fogo nem explodiram.

    No dia 1º de agosto, o instituto devolveu o resultado ao Gate. Três dias depois (4), o grupo juntou as análises feitas pelas duas instituições e escreveu o laudo final.

    O atraso pode ser consequência de divergência sobre quem seria o responsável pela análise. A Secretaria da Segurança Pública não informou quando o Gate começou, de fato, a analisar os objetos.

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