O motorista do Mustang que atropelou e matou um motoboy no Itaim Bibi (zona oeste de São Paulo) disse à polícia na manhã desta segunda-feira (11) que não prestou socorro à vítima porque ficou com medo de ser agredido por pessoas que viram o acidente.

Em depoimento, o corretor de imóveis Fábio Alonso, 34, disse à polícia que chegou a parar o carro a cerca de 20 metros do acidente para ver o que tinha acontecido. Ele afirmou ter sido cercado e ameaçado neste momento, o que o levou a entrar no carro de um amigo que o seguia e fugir com medo de ser agredido.

Segundo a polícia, Alonso disse que "acredita que o semáforo estava verde" quando atropelou e matou Aroldo Pereira Oliveira, 30, no cruzamento da avenida Juscelino Kubitschek com a rua Atílio Inocenti, na madrugada de sexta-feira (8). O acidente ocorreu por volta das 6h, quando o suspeito usava o veículo para levar amigas para casa após saírem de uma casa noturna.

	Zanone Fraissat/Folhapress
	Motorista de Mustang preto que atropelou e matou motoboy no Itaim Bibi se apresenta à polícia

Alonso foi ouvido no 15º DP (Itaim Bibi) e será indiciado sob suspeita de homicídio culposo (quando não há intenção de matar), com agravante de omissão de socorro, e fuga do local do crime.

De acordo com uma testemunha ouvida pela polícia, o motorista invadiu o farol vermelho, atingiu a moto e fugiu sem prestar atendimento à vítima. O delegado que investiga o caso, Marco Aurélio Flori de Batista, afirmou que o corretor de imóveis afirmou que também não acionou o resgate, mas não disse o motivo.

O Mustang usado por Alonso, avaliado em R$ 200 mil, foi abandonado a três quarteirões do local do acidente.

O suspeito não tem antecedentes criminais e vai responder ao processo em liberdade. A polícia solicitou imagens de câmeras de segurança da região para ajudar na investigação.