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    30% dos que procuram o SUS esperam atendimento há mais de seis meses

    DE SÃO PAULO

    12/08/2014 14h08

    Três em cada dez paulistas que procuram atendimento no SUS (Sistema Único de Saúde) esperam por consultas, exames e cirurgias há mais de seis meses, aponta pesquisa Datafolha feita a pedido de entidades médicas para avaliar a situação da saúde.

    Destes, metade relata estar há mais de um ano na fila. Os dados são de pesquisa encomendada pela Associação Paulista de Medicina e pelo Conselho Federal de Medicina.

    Ao todo, foram entrevistadas 812 pessoas no Estado de São Paulo, de todas as classes sociais, entre 3 e 10 de junho. A margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.

    Dentre os entrevistados, 94% relatam ter buscado atendimento no SUS e 37% disseram estar aguardando a marcação de consultas, exames e outros procedimentos -deste contingente, 50% já espera entre um e seis meses, 29% por mais de seis meses e apenas 21% por menos de um mês.

    Na avaliação dos serviços de saúde, o acesso a cirurgias é considerado o mais complicado pelos paulistas. Ao todo, 62% dos entrevistados relataram ter sido difícil ou muito difícil ter acesso ao procedimento.

    Também foram relatadas dificuldades no acesso a consultas com médicos (considerada difícil ou muito difícil por 54% dos entrevistados) e atendimento em emergência em pronto socorro (52%).

    Já o item que recebeu melhor avaliação foi a distribuição de remédios: neste caso, 64% avaliaram o acesso como "fácil" ou "muito fácil".

    AVALIAÇÃO

    Os entrevistados também fizeram uma avaliação do acesso e atendimento em saúde no Brasil e do SUS, usando notas de zero (péssimo) a dez (excelente).

    Ao todo, 63% consideraram a situação da saúde insatisfatória e atribuíram notas de 0 a 4. A mesma avaliação foi apresentada por 51% dos entrevistados em relação ao SUS.

    Em relação à qualidade dos serviços, 42% consideraram o atendimento no SUS regular, enquanto 24% avaliaram como ruim ou péssimo. Outros 33% tiveram avaliação positiva.

    A saúde também foi considerada como área prioritária pela maioria dos entrevistados para investimentos tanto a nível federal quanto estadual

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