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    Waldir Pagan Peres (1937-2014) - Técnico que descobriu Hortência

    ANDRESSA TAFFAREL
    DE SÃO PAULO

    15/08/2014 00h01

    Caçula de uma família de 12 irmãos "altões", Waldir apaixonou-se cedo pelo basquete.

    De jogador durante a juventude, chegou ao comando da seleção brasileira feminina. Foi o técnico, em 1971, da conquista da medalha de bronze no Mundial do Brasil e do ouro nos Jogos Pan-Americanos de Cáli (Colômbia).

    Era o supervisor da delegação e uma espécie de psicólogo no inédito título do Mundial da Austrália, em 1994.

    No dia da decisão, o corredor do hotel amanheceu cheio de cartolinas nas cores do Brasil com frases motivacionais escritas por ele, como "Juntos somos força. Unidos (as) seremos potência".

    Recebeu ainda as glórias de ter descoberto a "rainha" Hortência. Nunca, porém, tratou as atletas com diferença; sempre exaltava as qualidades de cada uma delas.

    Especialista em psicologia do esporte, também deu aulas em várias faculdades e foi diretor na Secretaria Municipal de Esportes de São Paulo.

    Durante o curso de educação física na USP Bauru, no interior paulista, conheceu a ginasta Nilda, sua companheira até o final da vida.

    Tinha como distração pescar e cuidar das carpas que criava em um "aquário gigante" e de seis calopsitas, que subiam em seus ombros até enquanto se barbeava.

    Era conhecido por ser agregador e também controlador de toda situação —os amigos chamavam-no "gerente".

    Morreu na sexta (8), de problemas cardíacos, aos 77. Deixa Nilda, os filhos, Marcio e Alexandre, e quatro netos.

    Às 19h30 de hoje (15/8) será rezada a missa do sétimo dia, na paróquia Coração Imaculado de Maria, na PUC-SP.

    coluna.obituario@uol.com.br

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