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    Abdelmassih deve chegar a São Paulo nesta quarta-feira, diz Promotoria

    DE SÃO PAULO

    19/08/2014 19h24

    O ex-médico Roger Abdelmassih deve chegar a São Paulo no início da tarde desta quarta-feira (20), segundo informações do Ministério Público paulista. A expectativa do órgão é que ele chegue às 13 horas no aeroporto de Congonhas, em avião da FAB (Força Aérea brasileira) ou da Polícia Federal.

    Abdelmassih foi preso nesta terça (19), em Assunção, capital do Paraguai, após ficar três anos foragido. Ele foi condenado a 278 anos de prisão por 48 estupros cometido contra 37 mulheres, e estava entre os dez criminosos mais procurados de São Paulo, com uma recompensa de R$ 10 mil para quem passasse informações que levassem a sua prisão.

    Segundo o promotor Luiz Henrique Dal Poz, a Polícia Federal chegou ao paradeiro do ex-médico após cruzamento de informações da Promotoria e da própria PF. O Ministério Público investigava suposta lavagem de dinheiro praticada pelo médico, além de suposta falsidade ideológica e falsidade documental.

    O CASO

    O caso foi denunciado pela primeira vez ao Ministério Público em abril de 2008, por uma ex-funcionária do médico, e revelado pela Folha em janeiro de 2009. Depois, diversas pacientes com idades entre 30 e 40 anos bem-sucedidas profissionalmente disseram ter sido molestadas quando estavam na clínica de Abdelmassih.

    Editoria de Arte/Folhapress

    As mulheres dizem ter sido surpreendidas por investidas do especialista quando estavam sozinhas –sem o marido e sem enfermeira presente (os casos teriam ocorrido durante a entrevista médica ou nos quartos particulares de recuperação). Três afirmam ter sido molestadas após sedação.

    Formalmente, Abdelmassih foi acusado de estupro contra 39 ex-pacientes, mas como algumas relataram mais de um crime, há 56 acusações contra ele. Desde que foi acusado pela primeira vez, Abdelmassih negou por diversas vezes ter praticado crimes sexuais contra ex-pacientes. O médico afirma que foi atacado por um "movimento de ressentimentos vingativos".

    Abdelmassih também já chegou a afirmar que as mulheres que o acusam podem ter sofrido alucinações provocadas pelo anestésico propofol.

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