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    Crise da água

    Consumo de água na Grande SP cresce no primeiro semestre

    DO "AGORA"
    DE SÃO PAULO

    20/08/2014 02h00

    Em meio à crise hídrica, a região metropolitana de São Paulo terminou o primeiro semestre deste ano sem reduzir o consumo de água, segundo dados da Sabesp divulgados nesta terça (19) a investidores.

    Entre janeiro e junho deste ano, o consumo nas 43 cidades da região cresceu 1,1% na comparação com o mesmo período do ano passado.

    Os dados se referem a 31 cidades da Grande São Paulo (incluindo a capital) mais 12 cidades da região de Bragança (a 85 km de São Paulo) que são abastecidas pelo Cantareira e outros cinco sistemas.

    Desde fevereiro, os consumidores abastecidos pelo Cantareira que reduzem em 20% o consumo de água têm desconto de 30% na conta. Os demais clientes dessas 43 cidades começaram a ter o desconto em março e maio.

    Neste ano, o consumo caiu 2% (equivalente a 6 bilhões de litros) no segundo trimestre, em relação ao mesmo período de 2013. Já de janeiro a março, houve um aumento de 4%.

    A conta é referente à água faturada, ou seja, que foi registrada nos hidrômetros e cobrada dos consumidores.

    A Sabesp disse, em nota, que considera a queda de 2% "significativa". A companhia afirma que, no período, o número de ligações de água cresceu 5% na região metropolitana, ou seja, houve redução no consumo, apesar de haver mais gente usando água.

    Editoria de Arte/Folhapress

    LUCROS

    A Sabesp também anunciou uma queda de 16,4% nos lucros no segundo trimestre de 2014, em comparação com o mesmo período de 2013.

    O recuo foi classificado como resultante de um fator "extraordinário" pela empresa. "[A redução] normalmente não ocorreria, caso não estivéssemos passando por esse momento de extrema crise hídrica", disse o diretor econômico-financeiro Rui Affonso.

    O lucro líquido da companhia passou de R$ 361,7 milhões para R$ 302,4 milhões. O principal responsável é o programa de bônus, que fez com que a Sabesp perdesse R$ 88,1 milhões no segundo trimestre deste ano.

    No entanto, permanece considerável o índice da população que aumentou o consumo, um total de 22%. Desde maio, o número de clientes com maior gasto de água nunca ficou abaixo de 21%.

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