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    Grupo de sem-teto faz novo protesto e fecha faixas da av. Paulista

    LEANDRO MACHADO
    DE SÃO PAULO

    20/08/2014 17h43

    O MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto) faz na tarde dessa quarta-feira (20) um debate na o vão livre do Masp, na avenida paulista, região central de São Paulo. Por volta das 18h30, duas faixas da via, no sentido Consolação, estavam bloqueadas na frente do local.

    Segundo o movimento, o ato é um protesto contra a "criminalização" do MTST. Ao todo, ele reúne cerca de 3.000 pessoas, de acordo com estimativa da Polícia Militar. Já a organização disse ter a expectativa de que, ao final, a manifestação tenha 6.000 militantes.

    "Nas últimas semanas, o MTST virou o Judas de São Paulo. Está sendo malhado por vários setores da mídia e pelo Ministério Público, que entrou com três ações numa tentativa clara de judicializar e criminalizar a luta social por moradia. O Ministério Público está muito interessado em investigar o MTST, mas está se esquecendo de investigar as empreiteiras e seu conluio com o poder público", afirmou Guilherme Boulos, coordenador nacional do movimento e colunista da Folha.

    Leandro Machado/Folhapress
    Grupo de sem-teto faz novo protesto e fecha faixas da avenida Paulista, no centro de São Paulo
    Grupo de sem-teto faz novo protesto e fecha faixas da avenida Paulista, no centro de São Paulo

    O MTST afirma que entregará ao Ministério Pública seis denúncias contra construtoras retiradas de notícias de jornais. "Como o Ministério Público faz contra o movimento", diz Boulos.

    "O Ministério Público diz que o MTST fura a fila da habitação. Cada trabalhador que está aqui sabe o quanto esperou nessa fila. Todo mundo sabe que existe privilegiados nessa fila, mas todos sabem que esses privilegiados não são os movimentos populares. Não temos problemas que investiguem o MTST, porque quem não deve não teme. Mas que o Ministério Público também tenha coragem de investigar a especulação imobiliária e as empreiteiras desse país", diz o líder do movimento.

    Uma grande mesa foi montada no vão livre. Alguns membros de movimentos sociais devem falar, em apoio ao MTST, entre eles o padre Julio Lancelotti, da pastoral dos moradores de rua. A vereadora Juliana Cardoso também está confirmada.

    Em seguida, os sem teto farão uma passeata pelo centro da cidade até a sede do Ministério Público, na rua Riachuelo. A passeata passará nas próximas horas pela avenida Paulista, pela rua da Consolação e pelo viaduto do Chá, chegando à sede do Ministério Público.

    A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) recomenda que o motorista evite passar pela avenida Paulista por conta do protesto. Os motoristas que já estiverem na região podem optar pelas ruas Cincinato Braga e São Carlos do Pinhal. O ato é acompanhado pela Polícia Militar.

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