Nesta quarta-feira (20), prestes a inaugurar uma ciclopassarela, o prefeito Fernando Haddad (PT) colocou o capacete de proteção e aprumou-se na bike. Seus planos quase foram frustrados.
Um assessor o avisou de que não poderia cruzar a via de bicicleta. Placas da CPTM (Companhia de Trens Metropolitanos), que é estadual, sinalizavam a proibição.
"Como assim?", indagou o prefeito. O homem informou que Haddad deveria descer de sua bike e empurrá-la pelos 180 metros da passarela, que liga duas ciclovias: a da marginal Pinheiros e a do Parque do Povo, na zona oeste.
"Ah, eu não vou empurrar não", respondeu o prefeito.
Haddad virou-se para seu secretário de Transportes, Jilmar Tatto, que o acompanhava também de bicicleta, e perguntou: "Faz sentido isso?"
Tatto respondeu: "Nenhum sentido...". O secretário então resolveu a polêmica. Virou-se para o prefeito e, rindo, disse: "Está autorizado. É uma ciclopassarela".
"Vamos tentar pedalar. Se der alguma coisa errada, a gente volta", finalizou Haddad. Os dois pedalaram pela passagem, acompanhados de outros ciclistas.
O diálogo foi gravado em vídeo pelo grupo de cicloativistas Bike é Legal.
Segundo a prefeitura, a manutenção da ciclopassarela será feita pela CPTM, que é responsável pela ciclovia da marginal. A companhia diz que houve erro na colocação das placas. Após a passagem do prefeito, elas foram retiradas.
| Renata Falzoni/bikeelegal.com/ Divulgação | ||
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| Placa da CPTM que proibia tráfego de bicicleta em via projetada para ciclistas |