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    Interpol emite alerta para localizar mulher de Roger Abdelmassih

    REYNALDO TUROLLO JR.
    ENVIADO ESPECIAL ASSUNÇÃO

    21/08/2014 19h53

    A Interpol emitiu nesta quinta-feira (21) um alerta para que autoridades dos países ligados à rede investiguem o paradeiro de Larissa Sacco, mulher do ex-médico Roger Abdelmassih, 70.

    Também nesta quinta a Polícia Nacional do Paraguai informou que vai investigar a participação de agentes públicos do país na emissão de um documento de identidade falso para o ex-médico, com o nome de Ricardo Galeano. Era dessa forma, com um documento de um suposto cidadão paraguaio, que Abdelmassih se apresentava em Assunção.

    Desde a prisão do ex-médico, em Assunção, na tarde de terça-feira (19), policiais do Paraguai e do Brasil desconhecem a localização de Larissa.

    Segundo o alerta, Larissa é procurada por "suspeita de ajudar delinquente", informou o subchefe da Interpol no Paraguai, Francisco Javier Cristaldo Gómez.

    De acordo com Gómez, não há ordem de prisão contra Larissa, apenas um pedido das autoridades brasileiras para que ela seja monitorada pela polícia em qualquer país em que possa se encontrar.

    Duas pessoas próximas do casal –que tinha poucos amigos– disseram a interlocutores que Larissa deixou o Paraguai no início da madrugada de quarta-feira (20), por volta da 1h, saindo por Ciudad del Este, rumo ao Brasil.

    Conforme essas pessoas, a mulher –que se apresentava socialmente como Lara Pedro, embora na escola dos filhos usasse o nome verdadeiro– foi levada pelo chofer em um dos carros da família, um Kia Carnival.

    Os filhos gêmeos, uma menina e um menino de três anos, também foram no carro. A babá não acompanhou. O chofer e o carro já teriam regressado a Assunção.

    A Interpol, por outro lado, afirmou que teve uma "informação" de que Larissa continua no Paraguai.

    DOCUMENTO FALSO

    Segundo Gómez, a Polícia Nacional vai investigar a emissão de um documento falso para Abdelmassih. A investigação será conduzida pelo mesmo setor da polícia responsável pela emissão de identidades no Paraguai, o Departamento de Identificação.

    A princípio, a polícia afirma que o documento aparenta ter sido falsificado pelo próprio médico, a partir da alteração da foto de um documento já existente.

    A pedido da Folha, autoridades consultaram o sistema do Departamento de Identificação e constataram, porém, que no sistema eletrônico a foto que aparece é de Abdelmassih. Ou seja, o caso trata-se de uma inserção de identidade falsa no sistema, e não mera falsificação.

    Goméz afirmou que a participação de agentes públicos na fraude "não está descartada" e será investigada.

    Editoria de Arte/Folhapress

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