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    Crise da água

    Sabesp tem gasto extra de R$ 11 milhões com publicidade

    HELOISA BRENHA
    DE SÃO PAULO
    DO "AGORA"

    27/08/2014 02h00

    Com o orçamento contido e assumindo custos de ações emergenciais contra a crise hídrica, a Sabesp elevou em quase R$ 11 milhões suas verbas de publicidade, hoje a cargo de três agências.

    As empresas Lew Lara, Fischer América e White foram contratadas em março a um valor de R$ 43,75 milhões para prestar serviços publicitários à estatal por seis meses.

    Menos de um trimestre depois, uma alteração no contrato foi publicada no Diário Oficial para que a Sabesp enviasse um acréscimo de R$ 5,2 milhões às três agências.

    Nesta terça (26), um nova alteração foi publicada, destinando mais de R$ 5,7 milhões ao mesmo contrato, que hoje já está 25% mais caro.

    "Os aditivos foram para realização de campanha de economia de água neste período de grave falta de chuva", diz a Sabesp, em nota.

    Perguntada se o dinheiro seria dividido entre as agências, a estatal disse que, a cada nova campanha, como previsto em lei, é feita uma seleção interna entre as contratadas. A que fez a propaganda para TV mais recente foi a Fischer (veja abaixo).

    Veja vídeo

    LEI ELEITORAL

    Por um mês e meio, porém, a Sabesp não pôde divulgar qualquer peça publicitária no rádio e na TV, prática vetada a empresas do governo no período eleitoral.

    Dos 44 dias fora do ar, no entanto, 26 deles foram por causa da demora da própria Sabesp em pedir autorização à Justiça Eleitoral.

    O aval só foi pedido em 31 de julho, sendo que o veto às propagandas institucionais começou em 5 de julho.

    No último dia 18, o TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de São Paulo autorizou a Sabesp a retomar a campanha com base em exceção na lei eleitoral para casos de "grave e urgente necessidade pública".

    A liberação ainda atrasou porque a Sabesp fez o pedido sem apresentar cópia do vídeo e da locução que iriam ao ar, o que só fez no dia 16. As datas constam no site de acompanhamento processual do TRE-SP.

    A crise da água é usada por adversários para criticar o governador Geraldo Alckmin (PSDB), que concorre à reeleição. A assessoria de Alckmin afirmou que o atraso na campanha da Sabesp não tem relação com as eleições.

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