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    Justiça nega suspensão da prisão de suspeito de cárcere privado em MS

    PAULA SPERB
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

    28/08/2014 17h47

    Um pedido da defesa para revogar a prisão preventiva do jardineiro de 40 anos suspeito de ter mantido uma adolescente e o filho deles em cárcere privado, em Campo Grande (MS), foi negado pela Justiça na quarta-feira (28).

    O homem ainda não foi encontrado pela polícia, que precisa executar o mandado de prisão. Quando ele se apresentou na delegacia, no último dia 22, o mandado não havia sido expedido pela Justiça, segundo o delegado Paulo Sérgio Lauretto, da Delegacia Especializada de Proteção à Criança.

    O caso veio à tona após a garota de 17 anos ter escrito um pedido de socorro no verso de uma receita médica, no dia 18. "Ele ameaça que vai tirar meu filho [um bebê de cinco meses]. Ele já me bateu muito quando eu estava grávida", disse a garota no bilhete entregue em uma farmácia local.

    Reprodução
    Pedido de socorro escrito no verso de receita médica por adolescente em MS
    Pedido de socorro escrito no verso de receita médica por adolescente em MS

    No mesmo dia, Lauretto pediu a prisão preventiva do homem. A adolescente foi encontrada na casa da ex-mulher do suspeito.

    À Folha ele falou que o casal se mudou para a residência da ex-mulher no começo deste ano, por causa da sujeira na casa anterior. "Falei para ela: 'Vamos tirar as coisas daqui, amor. Vamos tirar o nenê daqui porque está cheio de rato, de cocô de rato'."

    O jardineiro negou ter batido na garota, mas disse que eles discutiam por ciúmes. Segundo ele, a adolescente também não fazia as tarefas domésticas.

    O bebê ainda não foi registrado, segundo o suspeito, porque o casal não concordava com o nome a ser dado. "Eu queria colocar Cristopher, e ela queria outro nome, Cristopher Brown. Depois [ela quis] outro nome que a mãe dela escolheu", disse.

    O documento que comprova o nascimento, necessário para o registro, está com o homem. Segundo ele, se a jovem realmente estivesse em cárcere poderia ter pedido ajuda nos dias em que passou no hospital por causa do parto.

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