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    Promotoria denuncia motorista que atropelou cinco na USP; um morreu

    DE SÃO PAULO

    01/09/2014 20h59

    O Ministério Público encaminhou à Justiça nesta segunda-feira (1º) a denúncia (acusação formal) contra o pedreiro Luiz Antônio Conceição Machado, 43, que atropelou cinco pessoas no campus da USP no dia 16 de agosto. O analista de sistemas Álvaro Teno, 67, morreu e outras quatro pessoas ficaram feridas no acidente.

    O motorista, que segundo a acusação estava embriagado no momento do atropelamento, foi denunciado sob acusação de homicídio por dolo eventual (situação em que o agente não deseja matar, mas assume o risco do resultado morte com seu comportamento), por quatro tentativas de homicídio e por tentar fugir do local do crime.

    "O fato de ter Luiz Antônio ingerido grande quantidade de bebidas alcoólicas, associado à elevadíssima velocidade por ele empreendida no carro em uma avenida de grande afluxo de carros, ciclistas e pessoas, fez com ele assumisse o risco de produzir o evento morte das pessoas por ele atropeladas", diz o promotor Rogério Leão Zagallo na denúncia.

    Giba Bergamim Jr./ Folhapress
    Motorista atropela cinco corredores dentro da USP; Alvaro Teno, 67, não resistiu aos ferimentos e morreu
    Motorista atropela cinco corredores dentro da USP; Alvaro Teno, 67, não resistiu aos ferimentos e morreu

    O promotor destacou na denúncia que o teste do bafômetro marcou 0,54 decigramas de álcool no sangue de Machado após o acidente, o que é considerado acima do limite. Também é colocado como agravante no caso, o fato dele ter tentado fugir do local do atropelamento, sendo impedido por outras pessoas que passavam pelo local.

    Com a entrega da denúncia pelo Ministério Público, a Justiça agora deve decidir se aceita a denúncia ou não. Machado foi preso em flagrante após o acidente por homicídio culposo (sem intenção), lesão corporal culposa e embriaguez ao volante. No dia seguinte, a Justiça determinou a soltura de Machado mediante pagamento de fiança de R$ 55 mil.

    Um dia depois, porém, a juíza aceitou os argumentos do Ministério Público de que há indícios de homicídio doloso (com intenção) e determinou a prisão por tempo indeterminado. Para a juíza, a descrição das testemunhas "causou alarde público e sofrimento às vítimas".

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