A Airbus criticou o que considerou excesso de despesas da TAM com as passagens aéreas de parentes das vítimas do acidente aéreo de 2007. As críticas também atingem o valor dos enterros. A fabricante se recusa a pagar parte da conta, por considerar excessivas algumas das despesas.
Segundo a Airbus, a TAM elencou como despesas com familiares das vítimas do acidente uma passagem aérea de R$ 11.909 entre São Paulo e Porto Alegre e outra de R$ 6.393 por um voo entre a capital paulista e Belo Horizonte –valores muito superiores aos cobrados por um voo comercial.
Passagens em voos da TAM para ambos os destinos custam atualmente menos de R$ 600 o trecho.
A fabricante europeia relacionou ainda despesa de R$ 16.269 com uma passagem aérea entre SP e Porto Velho. Ir a Dubai de primeira classe neste ano sai a R$ 18 mil o trecho.
"A impressão que se tem é que a TAM houve por bem colocar todos os passageiros sempre em primeira classe, ou então por alguma razão faturar as passagens sempre com o preço mais alto praticado", diz a Airbus à Justiça.
O Itaú, que move ação contra a fabricante, relacionou R$ 17 milhões com passagens aéreas dadas pela TAM aos parentes das vítimas. Para a Airbus, há "inúmeros excessos".
A TAM não quis comentar as afirmações da Airbus.
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