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    Funcionários das universidades paulistas interrompem trânsito na Paulista

    DE SÃO PAULO

    03/09/2014 13h15

    Funcionários e professores da USP, Unicamp e Unesp prejudicam na tarde desta quarta-feira (3) o trânsito na avenida Paulista, na região central de SP. Grevistas da USP saíram da Cidade Universitária, no Butantã (zona oeste de SP), e percorreram vias importantes da cidade, como a Rebouças, até se encontrarem com o restante dos manifestantes na avenida.

    No início da tarde, o grupo chegou a fechar todas as pistas e, por volta das 14h20, o bloqueio era total apenas no sentido Consolação, em frente ao Masp. A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) pede que os motoristas evitem trafegar pela região. O grupo deve permanecer no local até por volta das 16h.

    Na tarde de terça-feira (2), o Conselho Universitário da USP decidiu propor reajuste salarial de 5,2% para os grevistas, que reivindicam 9,78%. Após se reunir na Paulista, o grupo deverá seguir até o Cruesp (conselho de reitores da USP, Unicamp e Unesp) para saber se a proposta será estendida também para a Unicamp e Unesp.

    Somente depois dessa reunião, que contará com a presença dos reitores, os grevistas farão uma assembleia para decidir se aceitam ou não a proposta.

    "Cem dias sem dinheiro,cem dias sem sossego, cem dias sem arrego. Fora Zago", gritam os manifestantes contrários a administração do atual reitor, Marco Antonio Zago.

    Magno de Carvalho, diretor do Sintusp (sindicato dos servidores), classificou o valor como "decepcionante" e disse que espera decisão mais favorável da Justiça do Trabalho. A audiência de conciliação no TRT (Tribunal Regional do Trabalho) para discutir os rumos da paralisação, que aconteceria na sexta-feira (5) foi antecipada para às 9h de quinta (4).

    Funcionários e professores das universidades estão em greve desde o dia 27 de maio.

    Na terça-feira, a USP aprovou um PDV (plano de demissões voluntárias), como forma de atenuar uma de suas mais graves crises financeiras. O programa de demissões tem o objetivo de conter os gastos que, só com a folha de pagamento, chegam a 106% do orçamento da universidade.

    O PDV abrange funcionários não docentes, preferencialmente com idade entre 55 e 67 anos e mais de 20 anos de carreira. Eles terão indenização de um salário por ano trabalhado (até o limite de 20 anos ou R$ 400 mil). As demissões ocorrerão de janeiro a março do próximo ano.

    A USP investirá R$ 400 milhões no programa. O valor virá das reservas financeiras, em queda por causa do gasto com salários. A expectativa é que o plano traga economia de 6,5% a 7,5% na folha de pagamento a partir de 2016.

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