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    Prefeitura diz que bicicletário leva mais ciclistas para a Faria Lima

    VANESSA CORREA
    DE SÃO PAULO

    04/09/2014 15h10

    Zanone Fraissat - 26.ago.2014/Folhapress
    Após a instalação de ciclovia, aumentou o uso de bicicletas em bicicletário do largo da Batata
    Após a instalação de ciclovia, aumentou o aluguel de magrelas em bicicletário do largo da Batata

    Em uma cidade de grandes deslocamentos, como São Paulo, um bicicletário tem poder. Especialmente se for perto do metrô, como o do largo da Batata, em Pinheiros na zona oeste.

    Após a implantação do equipamento, em 2 de agosto, o uso de bicicletas na avenida Faria Lima deu um salto de 37%. O número foi obtido a partir de duas contagens de bicicleta na via, feitas pela CET: uma antes da inauguração do bicicletário, em 28 de abril, e a outra depois, em 11 de agosto.

    Na primeira, foram 475 ciclistas; na segunda, 652. As contagens ocorreram nos horários de pico (das 7h às 10h e das 16h às 19) em dois pontos: um próximo à avenida Cardeal Arcoverde e outro da rua dos Pinheiros.

    "Em uma cidade onde as pessoas cobrem grandes distâncias para chegar ao trabalho, como São Paulo, é difícil se locomover só com a bicicleta. O interessante é poder combinar com outro modal, como o metrô, e o largo da Batata tem uma estação da linha amarela", diz Gabriel Di Pierro, 35, diretor-geral da Ciclocidade (Associação dos Ciclistas Urbanos de São Paulo).

    "Mas para esse intermodalidade acontecer, é preciso ter o bicicletário, já que as bicicletas só podem entrar no metrô após as 20h".

    Segundo Di Pierro, as ligações da região de Pinheiros com o centro, onde grande parte das pessoas trabalham, têm subidas fortes.

    Além disso, o trajeto tem de ser feito por meio de vias movimentadas como as avenidas Teodoro Sampaio e Rebouças, que não têm preparo para ciclistas. "É uma combinação que dificulta o uso da bicicleta", afirma.
    bike compartilhada

    Após a inauguração do bicicletário, que é da prefeitura mas operado pelo Itaú-Unibanco, uma estação do Bike Sampa ( programa de empréstimos de bicicletas do mesmo banco) também foi instalada nas proximidades.

    A medida fez o uso de bikes compartilhadas pular de 34 para 82 nas mesmas contagens, um aumento de 141%. Já o uso de bicicletas de carga teve uma ligeira queda de 12%, passando de 41 para 36 nos dois horários de picos.

    Para Di Pierro, o uso das bicicletas no trecho poderia até ser ampliado, se a prefeitura implantasse a ligação da ciclovia da avenida Faria Lima até o Ceagesp, uma promessa que vem de outras gestões, mas que já foi reiterada pela administração de Fernando Haddad (PT).

    Outra medida que o diretor da Ciclocidade sugere para incentivar o uso da bicicleta é liberá-las para serem carregadas no metrô fora dos horários de pico. "Isso sim ia aumentar muito a demanda".

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