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    Crise da água

    Após 5 meses de bônus, parcela dos que poupam água permanece igual

    DE SÃO PAULO

    08/09/2014 18h02

    Cinco meses após o bônus na conta de água entrar em vigor em toda a Grande São Paulo, a parcela de clientes da Sabesp que reduziram seu consumo em agosto permanece idêntica à de março: 76%, segundo balanço divulgado pela estatal nesta segunda (8).

    Naquele mês, o desconto de 30% na conta de quem economiza 20% de água foi estendido de usuários do sistema Cantareira a consumidores em toda a área de atuação da companhia na região metropolitana.

    A proporção de poupadores também é a mesma de maio, quando o "volume morto" (reserva de água que fica abaixo das comportas das represas e, por isso, precisa ser puxada com bombas) começou a ser utilizado.

    Editoria de arte/Folhapress

    Em julho e junho, a adesão oscilou: foi de 74% e 79%, respectivamente. Nenhum resultado, porém, bateu o de abril, quando 81% pouparam água, segundo o governo do Estado.

    A falta de constância dos números contrasta com o cenário de agravamento da crise hídrica do principal abastecedor da Grande São Paulo, o sistema Cantareira.

    Desde o início da captação do "volume morto", em 15 de maio, ele vem esvaziando em ritmo acelerado. Nesta segunda, tinha só 10,1% da água que é capaz de armazenar, incluindo a reserva profunda.

    LITRO POR LITRO

    Dos 76% dos clientes da Sabesp que economizaram água em agosto, 51% obtiveram bônus na conta e outros 25% diminuíram seu consumo, mas não bateram a meta.

    Com isso, foram poupados 3.900 litros de água por segundo, quantidade suficiente para abastecer cerca de 1,2 milhão de pessoas.

    O mesmo volume de água foi poupado em junho, quando um número semelhante de consumidores atingiu o bônus: 52%.

    A relação entre clientes que batem a meta para ter o desconto e a quantidade de água economizada, porém, não é diretamente proporcional.

    Em maio e julho, por exemplo, quando 45% e 46% alcançaram o bônus, respectivamente, a economia de água oscilou: foi de 3.300 e 2.400 litros por segundo, nesta ordem.

    Procurada nesta segunda, a Sabesp não informou qual foi o consumo na Grande São Paulo neste período.

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