• Cotidiano

    Sunday, 05-May-2024 11:15:12 -03

    Lei de Zoneamento

    Prefeitura de SP diz não ter plano de moradia em nova invasão a terreno

    GIBA BERGAMIM JR.
    DE SÃO PAULO

    09/09/2014 02h00

    A gestão Fernando Haddad (PT) disse que não há planos para construir moradias destinadas à população de baixa renda no terreno invadido por sem-teto na Vila Sônia (zona oeste de São Paulo), na última sexta-feira (5).

    A área, que fica entre o cemitério Ghethsêmani e um condomínio de alto padrão, é pública, segundo a Secretaria Municipal de Habitação.

    Um trecho do lote, que não foi invadido, é particular. Pertence à construtora Rossi, que levantou ali o empreendimento Paulistano Morumbi –parte dele já com moradores, e outra a ser entregue.

    O MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto) diz que não desocupará a área sem que a prefeitura se comprometa a construir habitações. A área pública é uma Zeis (zona especial de interesse social)

    No início do ano, o MTST iniciou uma onda de invasões para pressionar a gestão Haddad a ampliar as áreas destinadas à habitação popular.

    Após a pressão, o prefeito autorizou o aumento no novo Plano Diretor contemplando locais invadidos.

    O MTST tomou a área de 30 mil m² na Vila Sônia com o argumento de que se trata-de Zeis desde agosto, quando o Plano Diretor foi sancionado.

    Segundo o movimento, cerca de 500 pessoas estão no local. A ocupação foi batizada de Chico Mendes.

    A área privada, de cerca de 155 mil m², não é uma Zeis, segundo a prefeitura. Os projetos previstos para o local foram protocolados quatro anos antes da lei de zoneamento, de 2004. Até então, a área era considerada uma zona mista (residencial e comercial).

    Em nota, a secretaria disse que as invasões prejudicam os planos para a construção de 55 mil moradias até 2016, fim do mandato de Haddad.

    Segundo a pasta, invasores não terão prioridade na política habitacional. Questionada se pedirá reintegração de posse da área, a prefeitura afirma que tentará uma "desocupação amigável".

    O líder do movimento, Guilherme Boulos, diz que pressionará a prefeitura para que seja feito um projeto de moradias populares ali e que novas invasões estão previstas.

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024