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    Alckmin diz que não vai assumir o Hospital Universitário da USP

    THAIS BILENKY
    GUSTAVO URIBE
    DE SÃO PAULO

    11/09/2014 11h23

    O governador Geraldo Alckmin (PSDB) e candidato à reeleição afirmou na manhã desta quinta-feira (11) que não pretende assumir o Hospital Universitário da USP (Universidade de São Paulo). A proposta de transferência é da própria USP, que passa por uma de suas mais graves crises financeiras.

    Segundo o tucano, não há disposição de o governo do Estado ser responsável pela unidade de saúde utilizada como hospital-escola pela universidade.

    O Hospital Universitário responde pelo atendimento de boa parte dos moradores da região da Cidade Universitária, no Butantã (zona oeste de São Paulo).

    "Nós [o governo] podemos ajudar o Hospital Universitário da USP, mas não passar [sua gestão] para o Estado", afirmou Alckmin, diante de um grupo de manifestantes.

    Vestindo camisetas e levantando cartazes com mensagem contra a desvinculação do HU, 15 funcionários do hospital pediram ao governador que se comprometesse com a manutenção da gestão pela USP. Alckmin respondeu: "Está comprometido".

    "O governo tem de dar a posição dele, porque o reitor [Marco Antonio Zago] já se posicionou favorável à desvinculação", afirmou a técnica-administrativa Solange Maria da Silva, 44, que trabalha há 26 anos no Hospital Universitário.

    O secretário de Estado da Saúde, David Uip, que acompanhava o governador em evento, reforçou a posição do tucano. "Tem alguém que quer vender [repassar o HU], mas o outro não quer comprar. Não tem discussão. A decisão nasce morta", disse.

    O Conselho Universitário da USP havia marcado uma reunião para o dia 29 na qual seria discutida a autorização de transferência do hospital para o Estado. O conselho já autorizou a transferência do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais (Centrinho), em Bauru, para o Estado.

    NOVO HOSPITAL

    As declarações foram dadas durante visita às instalações do futuro hospital que será especializado em traumas, em Alto de Pinheiros (zona oeste de São Paulo).

    Ao todo, serão investidos pelo governo R$ 37,2 milhões somente para a desapropriação do terreno do antigo hospital privado Panamericano. As obras devem ser iniciadas no primeiro semestre do próximo ano, segundo o governador.

    A ideia é que a unidade trate, principalmente, vítimas de acidentes das rodovias Raposo Tavares, Castelo Branco, Bandeirantes, Anhanguera e Régis Bittencourt. O local funcionará com o Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.

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