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    Sem-teto fazem protesto em frente a prédio de luxo na zona oeste de SP

    LEANDRO MACHADO
    DE SÃO PAULO

    11/09/2014 18h30

    Um grupo de sem-teto da ocupação Chico Mendes fez um protesto na noite desta quinta-feira (11), na frente de um prédio de luxo próximo à invasão na região da Vila Sônia, na zona oeste de São Paulo. Os manifestantes afirmam ser hostilizados por moradores de condomínios próximos.

    O protesto durou cerca de 30 minutos e aconteceu na rua David Ben Gurion, reunindo em torno de mil pessoas, segundo estimativa da Polícia Militar.

    O ato aconteceu após uma assembleia do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto). Segundo o grupo, moradores de prédios de luxo ao lado da ocupação jogam pedras, garrafas e lixo contra os barracos mostrados no terreno, além de xingar os sem-teto.

    "A gente orienta a não dar ouvidos a esse pessoal, mas se alguém se machucar aqui, não sei se vou conseguir segurar esse povo", afirmou Simone Sousa, coordenadora do MTST.

    Após a assembleia, o grupo decidiu registrar um boletim de ocorrência e fazer um protesto na frente de um dos condomínio. Os seguranças do empreendimento imobiliário, que contém sete torres, chegaram a se posicionar na frente dos prédios.

    A via ficou totalmente fechada até por volta das 18h30 e uma fogueira foi feita no local. Policiais militares e ao menos um carro da Polícia Civil acompanharam o ato, mas não houve registro de tumulto.

    A ocupação começou na última sexta-feira (5) em uma área pública, que fica entre o cemitério Ghethsêmani e um condomínio de alto padrão. Um trecho do lote, que não foi invadido, é particular.

    O MTST diz que não desocupará a área sem que a prefeitura se comprometa a construir habitações. A gestão Fernando Haddad (PT), porém, já disse que não há planos para construir moradias destinadas à população de baixa renda no terreno.

    O movimento tomou a área de 30 mil m² com o argumento de que se trata de uma Zeis (zona especial de interesse social) desde agosto, quando o Plano Diretor foi sancionado. Segundo o movimento, foram montados 1.200 barracos.

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