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    Após incêndio, casamento gay não será mais realizado em CTG

    PAULA SPERB
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

    12/09/2014 21h01

    O casamento coletivo de 29 casais, incluindo um de homossexuais, que estava marcado para este sábado (13) no CTG (Centro de Tradições Gaúchas) Sentinela do Planalto, será transferido para a sede do fórum de Santana do Livramento (RS).

    O CTG pegou fogo na madrugada de quinta-feira (12) após uma polêmica envolvendo o casamento gay. O MTG (Movimento Tradicionalista Gaúcho) se manifestou contra a realização da união em um centro tradicionalista.

    Segundo a polícia, há indícios de que o incêndio foi criminoso. "Nós temos uma ideia inicial, a partir de uma testemunha, que quatro homens desceram de um carro branco perto do CTG com garrafas na mão", diz o delegado Eduardo Finn. A hipótese dos bombeiros é que as garrafas continham algum tipo de combustível.

    Mesmo após o esforço de cerca de 40 voluntários para reconstruir o local a tempo da cerimônia, a juíza Carine Labres determinou que o casamento seja realizado no auditório do fórum.

    Fabian Ribeiro/Raw Image/Folhapress
    Um incêndio consumiu parte do CTG Sentinelas do Planalto, em Santana do Livramento (RS), no inicio da madrugada desta quinta-feira (11)
    Incêndio consumiu parte do CTG, em Santana do Livramento (RS), nesta madrugada desta quinta (11)

    A decisão, segundo o assessor da magistrada, Leonardo Flores, levou em conta a segurança dos presentes.

    "Não podemos brincar com a segurança dessa gente toda. No fórum, o nosso núcleo de segurança e inteligência pode se movimentar mais estrategicamente", explica Flores.

    Segundo o tenente José Henrique Martins, comandante do Corpo de Bombeiros, a nova vistoria no local ainda não foi realizada porque a reforma não ficou pronta. "As condições climáticas não ajudaram a reconstrução", explicou.

    A ministra Idelli Salvatti, da Secretaria de Direitos Humanos, confirmou presença no casamento, segundo o assessor da juíza. O ministro Ricardo Lewandowski, presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), também deve ir à cerimônia, de acordo com o assessor, assim como outras autoridades ligadas à Justiça.

    Desde o incêndio, as noivas Solange Ramires, 24, e Sabriny Benites, 26, além da juíza, estão sendo escoltadas pela Brigada Militar, a PM gaúcha.

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