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    Multas por desrespeito a ciclista dobram em São Paulo

    ANDRÉ MONTEIRO
    DE SÃO PAULO

    14/09/2014 02h00

    A instalação dos primeiros radares para fiscalizar o respeito às ciclovias em São Paulo só reforça a orientação que a direção da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) já vinha dando aos marronzinhos desde que as bicicletas viraram uma bandeira da gestão Fernando Haddad (PT).

    De janeiro a agosto deste ano, foram aplicadas 15,9 mil multas por infrações incluídas no programa de segurança de ciclistas, um aumento de 105% em relação ao mesmo período do ano passado.

    Fazem parte deste balanço, por exemplo, infrações como deixar de reduzir a velocidade ao ultrapassar bicicletas no trânsito ou estacionar em ciclovias –que resultam em multa de R$ 127,69 e cinco pontos na habilitação.

    Apesar do aumento geral, a quantidade de multas por trafegar irregularmente nas vias para bicicletas é pequena e cresceu pouco –foram 175 autuações por este motivo, 6% a mais que no período anterior.

    O início da fiscalização eletrônica deve fazer o número disparar, já que os radares funcionam 24 horas e são responsáveis por mais de 70% do total autuações na cidade.

    MARCA

    Assim como fez com as faixas exclusivas de ônibus no primeiro ano de mandato, Haddad aposta na criação de uma nova marca com a rápida expansão das ciclovias.

    Em junho, a prefeitura anunciou plano de implantar 400 km de ciclovias até o fim de 2015, ampliando e antecipando promessa que já constava em seu plano de metas.

    Em três meses foram entregues 70,6 km, marca que superou a infraestrutura que havia sido implantada nos 19 anos anteriores (63 km), segundo a prefeitura. A gestão diz que a primeira ciclovia da cidade foi aberta em 1995 na av. Faria Lima (zona sul).

    Apesar de agradar cicloativistas, que reivindicavam vias segregadas para aumentar a segurança de quem pedala, as novas ciclovias têm sido muito criticadas por moradores e comerciantes.

    Eles afirmam que elas foram feitas de maneira apressada, que ficam vazias na maior parte do dia e que as vias os impedem de descarregar mercadorias ou parar para apanhar passageiros.

    Haddad diz esperar que o uso da bike irá crescer e que será opção para trajetos curtos. (André Monteiro)

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