Um preso foi morto no sábado (13) na CCPJ (Central de Custódia de Presos de Justiça) do Complexo de Pedrinhas, em São Luís. Esta é a 16ª morte registrada no presídio só neste ano.
A Sejap (Secretaria de Estado de Justiça e Administração Penitenciária) não informou as circunstâncias da morte do detento Eduardo Costa Viegas Cunha. Um inquérito será instaurado para apurar o caso.
Equipes do IML (Instituto Médico Legal) e do Icrim (Instituto de Criminalística) estiveram na cela para remover o corpo e realizar o trabalho de perícia.
O CDP de Pedrinhas tem capacidade para 402 detentos, mas abriga hoje 500. A penitenciária chamou a atenção de órgãos internacionais de defesa dos direitos humanos pela quantidade de presos mortos -60, só no ano passado- e pela barbárie -alguns detentos foram decapitados e esquartejados pelos próprios companheiros de cela dentro do complexo, administrado pelo Estado.
Mesmo após apoio da Força Nacional de Segurança e pressão da Justiça brasileira e de entidades internacionais, Pedrinhas ainda convive com assassinatos, rebeliões e fugas.
FUGA
Trinta e seis presos fugiram do CDP de Pedrinhas na noite da última quarta-feira (10), depois que um caminhão destruiu parte de um muro da prisão.
Nas primeiras horas, a Sejap (Secretaria de Estado de Justiça e Administração Penitenciária) havia divulgado seis fugas, mas o governo do Estado fez uma recontagem e chegou aos 36. Todos foram identificados.
Os detentos fugiram depois que um caminhão-caçamba roubado horas antes derrubou o muro dos fundos da prisão. Os detentos escaparam pelo buraco aberto no local. No momento da ação, 28 agentes faziam a segurança do presídio.
Segundo a pasta, houve troca de tiros e quatro presos ficaram feridos. Dois deles continuam hospitalizados, mas não estão em estado grave, e três tiveram alta e voltaram ao CDP.
Na tarde de quinta-feira (11), Danley Rego da Conceição, 19, foi preso sob suspeita de participação na ação. Ele seria um dos seis homens que roubaram o caminhão às 19h30 de quarta.
O motorista do veículo, que foi feito refém, não quis se identificar, mas disse à TV Globo do Maranhão que os criminosos mandaram apenas que ele "seguisse em frente".