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    Padilha diz que ação da PM no centro de São Paulo foi 'desastrosa'

    MÁRCIO FALCÃO
    DE SÃO PAULO

    16/09/2014 17h20

    O candidato do PT ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha, classificou de "desastrosa" a ação da Polícia Militar nesta terça-feira (16) para a reintegração de posse em um prédio na região central da capital paulista e acabou desencadeando uma série de tumulto e confronto entre sem-teto e policiais militares.

    Segundo Padilha, faltou planejamento ao governo do Estado para a operação, o que colocou em risco a população e provocou prejuízo aos comerciantes.

    "Ações como essas precisam ser preparadas. A Polícia Militar sabe que nós temos não só movimento de moradia que depende do direito da moradia e o Estado executa metade dos recursos, mas a Polícia Militar sabe que temos vandalismo, temos movimentos outros que aproveitam de situação como esta para danificar patrimônio. A polícia tem que estar preparada para isso", afirmou.

    O petista levantou suspeita sobre a finalidade da operação em meio ao período eleitoral. "Mostrou mais uma vez o despreparo do governo de São Paulo de cuidar da segurança das pessoas, das pessoas que trabalham. Mostrou, mais uma vez, uma ação desastrosa que colocou o centro de São Paulo em risco porque mais uma vez o governo de são Paulo vai fazer ação como essa sem preparo prévio. Não sei se é pressa de fazer no meio da eleição", disse.

    Após os confronto da manhã, houve um período mais calmo na região central de São Paulo, quando comerciantes voltaram a abrir as lojas. No final da tarde, porém, houve novas barricadas de manifestantes e bombas da PM na região do largo Paissandu.

    O tumulto recomeço por volta das 16h. Houve correria e lojas da região central voltaram a baixar as portas. Funcionários do comércio local estão sendo liberados mais cedo e saem das lojas usando máscaras cirúrgicas.

    Durante a manhã, uma reintegração de posse em um prédio na região da avenida São João terminou em tumulto e confronto entre sem-teto e policiais militares. A reintegração começou por volta das 6h, quando equipes da Tropa de Choque tomaram o edifício ocupado pelo movimento FLM (Frente de Luta por Moradia).

    Por volta das 10h, um ônibus foi incendiado perto do Theatro Municipal, que fica a poucos metros do prédio invadido e também da sede da prefeitura. Lojas foram atacadas. Segundo a polícia, não é possível dizer se os atos têm ligação direta com a reintegração de posse.

    Pessoas que cobriam o rosto com máscaras ou com a própria camisa ajudaram a incendiar o ônibus e tentaram arrombar lojas para fazer saques.

    Editoria de arte/Folhapress

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