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    Promotoria abre investigação sobre ex-dirigentes da Santa Casa de SP

    ROGÉRIO PAGNAN
    THAIS BILENKY
    DE SÃO PAULO

    18/09/2014 03h23

    A consultoria prestada por dois integrantes da cúpula da Santa Casa de São Paulo ao grupo que é o princiaç fornecedor do próprio hospital passou a ser alvo de investigações do Ministério Público Estadual e Federal.

    O inquérito estadual foi instaurado com base em reportagem da Folha que revelou a ligação entre o superintendente Antonio Carlos Forte e o tesoureiro Hercílio Ramos com o grupo Andrade Gutierrez.

    O grupo Andrade Gutierrez é dono da Logimed, empresa que controla todo o fornecimento de suprimentos para o hospital desde junho de 2008.

    Foi nesse ano que Forte e Ramos abriram em sociedade a Apocatú, empresa de consultoria na área médica. Desde então, admitem ter recebido mais de R$ 100 mil do grupo a título de consultoria.

    A investigação na esfera federal se dará em meio à apuração aberta desde o fechamento do pronto-socorro do hospital em julho.

    Para o procurador Kleber Marcel Uemura, da área da saúde, a investigação sobre malversação do dinheiro público e a relação entre dirigentes e fornecedores são "coisas que se relacionam".

    "Só o fato de terem prestado essa consultoria fere o princípio da moralidade, que é o princípio da administração pública, e pode caracterizar ato de improbidade administrativa", disse Uemura.

    Forte, Ramos e Andrade Gutierrez confirmam a relação entre eles, mas negam haver irregularidades.

    Os ex-dirigentes do hospital afirmam que deram consultorias ao grupo até o ano passado, mas alegam que nunca beneficiaram a Logimed.

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