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    PM que matou camelô em São Paulo responde a outro caso de homicídio

    DE SÃO PAULO

    19/09/2014 22h22

    O policial militar que matou um camelô, na tarde de quinta-feira (18), durante uma operação de combate ao comércio irregular na Lapa, zona oeste de São Paulo, já responde a um outro caso de homicídio. Segundo a PM, ele atirou contra um morador de rua, há seis meses, também durante uma abordagem policial.

    Ainda de acordo com a corporação, o soldado Henrique Dias de Araújo estava com outro policial, quando tentou abordar um homem que empurrava um carrinho de ferro-velho pela rua. O morador de rua teria se negado a parar e usado um facão para ameaçar os policiais.

    Araújo teria atirado duas vezes mas pernas do homem, que continuou a ir em direção dos PMs. O soldado então atirou no tórax do homem, que morreu. O homem ainda não foi identificado e aparece no processo que correr na 5ª Vara do Júri do Tribunal de Justiça de São Paulo como "desconhecido".

    Mauricio Rummens/Fotoarena/Folhapress
    Confronto entre ambulantes e policia na rua 12 de outubro, na Lapa, zona oeste de São Paulo
    Confronto entre ambulantes e policia na rua 12 de outubro, na Lapa, zona oeste de São Paulo

    A PM afirmou, em nota, que "até que a Justiça se manifeste, a instituição entende que o policial agiu em legítima defesa e no estrito cumprimento do dever legal". A corporação afirmou ainda que Araújo passou por um programa de acompanhamento e apoio e "cumpriu todas as fases propostas pelos psicólogos" antes de retornar ao trabalho de rua.

    Araújo foi preso na quinta-feira, em flagrante, pela morte do camelô Carlos Augusto Muniz Braga, 30. O tiro que acertou a região da cabeça do ambulante foi disparado durante uma confusão envolvendo policiais e camelôs que atuam na rua 12 de Outubro. Em depoimento à polícia, ele disse que o tiro foi acidental.

    O prefeito Fernando Haddad (PT) disse que a morte do camelô é "um caso isolado" dentro da Operação Delegada –no qual PMs em folga recebem da prefeitura para atuar pelo município– e que não pretende mudar o esquema de combate ao comércio irregular nas ruas.

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