O Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) arquivou em 18 de fevereiro de 2014 a denúncia feita pelo ex-médico Daniel Edmans Forti contra o urologista Anuar Mitre. Segundo o órgão, o arquivamento aconteceu por falta de provas.
Cerca de sete meses depois da decisão do conselho, Forti invadiu o consultório de Mitre, na segunda-feira da semana passada (15), e atirou quatro vezes contra o urologista e em seguida se suicidou.
O médico Anuar Mitre foi atingido com três tiros, um deles na cabeça, e está internado no Hospital Sírio-Libanês. Ele corre o risco de perder a visão do olho direito.
Forti, ex-médico, havia encaminhado ao conselho queixa na qual acusava Mitre de ser "negligente", "imprudente" e tê-lo submetido a "cirurgia mutiladora".
Ele disse ter procurado o urologista após um acidente de moto, em fevereiro de 2012, no qual fraturou o quadril, ossos do peito e teve ruptura da uretra –o que lhe fez usar sonda para urinar.
Mitre lhe propôs, diz a carta ao conselho, reconstruir a uretra. Depois disso, Forti afirma ter passado a ter dores na região e sofrer de impotência sexual.
Segundo o Cremesp, diligências foram feitas e nenhum "indício de infração ética" foi encontrado.
Letícia Moreira - 25.out.2011/Folhapress | ||
O médico cirurgião urologista Anuar Mitre, do Sírio Libanês, baleado em seu consultório particular |