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    Prefeitura quer fazer empresa dar internet em troca de publicidade

    ARTUR RODRIGUES
    ANDRÉ CABETTE FÁBIO
    DE SÃO PAULO

    29/09/2014 02h00

    A Prefeitura de São Paulo quer utilizar a iniciativa privada para expandir a rede de wi-fi grátis da cidade, ainda tímida se comparada com a de outras capitais do mundo.

    Desde o ano passado, tem aumentado a oferta do serviço na cidade. A gestão municipal instalou wi-fi em mais de 50 áreas verdes -a capital tem cerca de 5.000. Até o fim do ano, o objetivo é chegar a 120 praças e parques.
    Ônibus e metrô também começam a ter o serviço.

    Davi Ribeiro/Folhapress
    Vivian Garcia, 32, usa wi-fi gratuito na praça Dom José Gaspar, no centro de São Paulo
    Vivian Garcia, 32, usa wi-fi gratuito na praça Dom José Gaspar, no centro de São Paulo

    Por ser inviável hoje pagar pelo sinal para a cidade toda [o custo médio mensal é de R$ 7.000 por ponto], a ideia que está sendo estudada é a parceria com empresas.

    Em troca do sinal de internet gratuito em locais públicos da capital, a concessionária ganharia a publicidade no aparelho de quem acessar à rede. O modelo é adotado em outras cidades do mundo.

    "A cidade de São Paulo tem a lei Cidade Limpa, que impede de colocar outdoor. Com o fenômeno dos smartphones, o espaço na tela de uma praça wi-fi passa a ser muito valorizado", afirma o coordenador de conectividade e convergência digital da prefeitura, João Cassino.

    Ele diz que as empresas têm interesse, principalmente, em locais badalados da cidade. "O parque Ibirapuera é a joia da coroa", diz Cassino.

    Editoria de Arte/Folhapress

    Por isso, uma das estratégias analisadas para atrair o serviço para outras áreas é exigir contrapartida de quem quiser ser o fornecedor da internet em pontos muito disputados. "Uma empresa pegaria o Ibirapuera e teria que colocar wi-fi em praças na periferia", exemplifica Cassino.

    Um edital deve ser lançado no ano que vem.

    PELO MUNDO

    Por enquanto, há poucos lugares na cidade em que se pode usar a internet gratuitamente com qualidade.

    Outras capitais do mundo são muito mais conectadas, incluindo cidades latino-americanas como Buenos Aires e Cidade do México.

    Nessa última, é comum encontrar o modelo que a gestão Fernando Haddad (PT) quer adotar. Em pontos como o bosque de Chapultepec, principal parque da cidade, empresas oferecem a rede em troca de publicidade.

    Na capital portenha, a internet pública inclui mais de 250 pontos entre praças, parques e estações de metrô.

    Em São Paulo, por enquanto, não há disponibilidade de internet no metrô. De acordo com a companhia estadual de transporte, porém, será instalada uma zona de wi-fi gratuita na estação Sé na semana que vem. Ao longo do ano, serão mais mais cinco.

    Em 2015, a previsão é que o serviço esteja disponível em 75 estações. Por esse sistema, cada usuário teria direito a usar a internet, de forma gratuita, por 20 minutos.

    Nos ônibus, a internet também começa a chegar. Por enquanto, é possível acessar a rede em 34 veículos coletivos -no total, a frota municipal é composta por 15 mil.

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