• Cotidiano

    Thursday, 02-May-2024 05:33:43 -03

    Após bate-boca entre partidos, tucano elogia ciclovia da av. Paulista

    ARTUR RODRIGUES
    DE SÃO PAULO

    01/10/2014 18h23

    Após fazer críticas à forma como têm sido implantadas as ciclovias na cidade, o presidente da Comissão de Política Urbana da Câmara Municipal de São Paulo, Andrea Matarazzo (PSDB), elogiou o projeto da via para ciclistas na avenida Paulista.

    Ele afirmou que, após o secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto (PT), apresentar o projeto a ele, avaliou que a ciclovia deve ficar boa "com alguns ajustes".

    As ciclovias viraram motivo de polêmica entre o PT e o PSDB.

    O senador Aloysio Nunes (PSDB), que é candidato a vice-presidente na chapa do candidato à presidência Aécio Neves, chegou a chamar as ciclovias de "delírio autoritário do [prefeito petista Fernando] Haddad (PT)". Haddad respondeu afirmando que o PSDB gastou R$ 2 bilhões para acabar com o pouco de verde que existia na Marginal Tietê para (fazer) duas faixas de rolamento de carros".

    O vereador Matarazzo também criticou o modelo da ciclovia da avenida Paulista, em artigo na Folha, afirmando que canteiro central (onde o projeto prevê a implantação da ciclovia) é importante para a segurança dos pedestres e também por questões estéticas.

    Após ver o projeto, ele escreveu um post em seu perfil do Facebook nesta quarta (1) com um posicionamento diferente sobre o projeto.

    "O projeto está bem ajustado, porque preserva as árvores, tem as chamadas áreas de descanso, vai ser implantado com material adequado, com gradil adequado", disse à Folha, depois da conversa com Tatto. Ele afirma que a questão das vias para ciclistas não é política e mantém a critica sobre "improviso" em algumas das faixas implantadas.

    A ciclovia deve ficar para 2015, já que o Condephaat (conselho estadual de defesa do patrimônio) vai avaliar a obra. Segundo o Condephaat, como a ciclovia passará por área de 300 metros ao redor do Masp, prédio tombado pelo Estado, será preciso avaliar se ela causará interferência na "visibilidade, destaque e ambiência" do museu.

    A Comissão de Política Urbana da Câmara deve marcar nova audiência pública para discussão do assunto com a população, já que a última foi cancelada no mês passado porque Tatto não poderia comparecer.

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024