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    Em Florianópolis, ônibus deixam de circular à noite pelo segundo dia

    JEFERSON BERTOLINI
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM FLORIANÓPOLIS

    01/10/2014 17h31

    Em meio à onda de violência contra agentes de segurança e o transporte público, motoristas e cobradores de ônibus de Florianópolis decidiram encerrar o trabalho nesta quarta-feira (1º) às 19h. A onda de violência no estado já deixou três mortos desde sexta-feira (26).

    Balanço da PM divulgado às 19h contabiliza até o momento 36 ocorrências, entre ataques e prisões de suspeitos.

    A categoria alega que os atentados iniciados na sexta-feira (26) miram principalmente os ônibus e que não há segurança para se trabalhar durante a noite.

    A decisão foi tomada às 16h após reunião entre a Polícia Militar, donos das empresas e secretaria municipal de Transportes e Mobilidade Urbana.

    Na tentativa de convencer motoristas e cobradores a trabalhar até o fim da noite, polícia e secretaria prometeram ampliar as escoltas. Mas a categoria aceitou trabalhar só até as 19h e manter "alguns ônibus" depois desse horário para ajudar no fluxo de saída do terminal.

    Guto Kuerte/Agência RBS/Folhapress
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    Ônibus em Santa Catarina que foi incendiado nesta semana por criminosos

    O diretor de operações da secretaria de Transportes e Mobilidade, Vinícius Cofferri, lamentou a decisão dos trabalhadores por entender que o sistema de escoltas é seguro.

    "O acordo não foi bom para a prefeitura. Em relação a ontem conseguimos só 30 minutos a mais", disse.

    Na terça-feira (30), também alegando falta de segurança, motoristas e cobradores avisaram que trabalhariam até as 18h30, mas com o corre-corre no terminal do centro algumas linhas saíram por volta de 19h.

    Por dia, segundo o sindicato das empresas, 80 mil pessoas usam o transporte coletivo na cidade entre 18h30 e 24h. Ao longo do dia inteiro, são 300 mil passageiros.

    Mais cedo, o secretário de Segurança Pública de Santa Catarina, Cesar Grubba, admitiu pela primeira vez nesta quarta-feira (1º) que grupos criminosos estão por trás da onda de atentados no Estado.

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