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    Campinas e Ribeirão acabam com pagamento em dinheiro em ônibus

    GIOVANNA BALOGH
    DE SÃO PAULO
    THOMAZ FERNANDES
    DE RIBEIRÃO PRETO

    02/10/2014 08h29

    Para tentar conter casos recorrentes de assaltos a ônibus, as prefeituras de Campinas e de Ribeirão Preto baniram o pagamento de passagens em dinheiro nos ônibus urbanos nas duas cidades.

    Em Campinas, o início foi nesta quarta-feira (1º). Em Ribeirão, será no dia 11. Nos dois casos, passam a ser aceitos só bilhetes eletrônicos –a emissão é gratuita.

    "Os assaltos e arrastões aumentaram muito e os criminosos estão cada vez mais violentos, rendendo passageiros, cobradores e motoristas com armas", diz o secretário de Transportes de Campinas, Carlos José Barreiro.

    De janeiro a agosto, foram 383 assaltos a ônibus na cidade, contra 240 em 2013, diz a prefeitura –alta de 60%. Em Ribeirão, houve 67 assaltos nos ônibus de janeiro a julho; não foram fornecidos dados do primeiro semestre de 2013.

    Nas duas cidades, postos emitem e recarregam os cartões eletrônicos. Em Ribeirão houve filas nos últimos dias.

    VENDA DE CARTÕES

    A Prefeitura de Campinas emite cartões para uma ou duas viagens, de modo a atender quem vai à cidade esporadicamente, como turistas. Até 30 de novembro, esses cartões serão vendidos dentro dos ônibus, para facilitar a adaptação à mudança.

    O sistema em Campinas também prevê emergências. No caso de o passageiro estar sem créditos no cartão será possível fazer até duas viagens e ficar com saldo negativo até a próxima recarga.

    A Prefeitura de Ribeirão ainda estuda o que fazer com casos em que o passageiro entre no ônibus sem ter cartão.

    Uma a cada cinco viagens diárias são pagas com dinheiro em Campinas. Não há dados de Ribeirão Preto.

    Já em São Paulo, não há, por ora, intenção de abolir o pagamento em dinheiro.

    Segundo o sindicato das empresas, os assaltos a ônibus caíram 94% desde a adoção do Bilhete Único na cidade, em 2004. Na cidade, só 8% dos usuários pagam a passagem em dinheiro, o que, segundo o sindicato, inibe eventuais assaltantes.


    Colaborou RICARDO BUNDUKY

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