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    Criminosos atiram contra sede do governo de SC; Estado registra 52 ataques

    JEFERSON BERTOLINI
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM FLORIANÓPOLIS

    02/10/2014 11h38

    Após a sexta noite seguida de ataques, Santa Catarina já registrou 52 ocorrências em 20 cidades. Na madrugada desta quinta (2), criminosos dispararam cinco tiros contra a sede do governo do Estado, em Florianópolis, atingindo uma guarita de segurança nos fundos do estacionamento. Ninguém ficou ferido.

    A Polícia Militar informou que o ataque ao centro administrativo, onde o governador trabalha, ocorreu às 2h14 e teve como autores dois ocupantes de uma moto. Um policial militar estava no local, mas não foi atingido. Segundo a corporação, dois suspeitos foram presos nesta manhã e um terceiro, à tarde. Todos foram levados à Deic (Diretoria Estadual de Investigações Criminais) para interrogatório.

    A sede do governo fica em uma área pouco habitada às margens da SC-401, que leva a praias do norte da ilha, como Canasvieiras e Jurerê Internacional.

    O secretário estadual da Segurança Pública, César Grubba, disse que equipes de investigação já identificaram "dentro e fora do sistema prisional" suspeitos de determinar os ataques. Grubba afirmou, na quarta-feira (1º), que pretende pedir a transferência deles para penitenciárias federais.

    OUTROS ATAQUES

    Os criminosos também incendiaram ônibus e, durante a madrugada, atacaram a casa de um agente prisional terceirizado que trabalha na penitenciária de Florianópolis.

    Ele contou à polícia que quatro homens vestidos com roupas pretas "jogaram uma pedra na janela de casa" e que, ao sair para ver o que estava acontecendo, o grupo atirou duas vezes, sem acertar ninguém

    Segundo balanço da PM, entre ontem à noite (1º) e as 9h desta quinta-feira (2), houve novos ataques nas cidades de São Francisco do Sul, Balneário Rincão, Camboriú e Itajaí, no litoral, e Blumenau, no interior.

    Desde sexta-feira (26), a onda de violência que atinge Santa Catarina tem interrompido o transporte coletivo à noite na capital e já causou três mortes –de um agente penitenciário aposentado e dois suspeitos, em confronto com a polícia, segundo a PM.

    O governo atribui os ataques a facções do crime organizado, como o PGC (Primeiro Grupo Catarinense), e diz que já identificou alguns líderes das ações.

    Os ônibus têm circulado em Florianópolis entre 6h30 e o final da tarde, já que os ataques se concentram durante a noite e a madrugada. Ontem (1º), o transporte coletivo parou às 19h, mesmo horário previsto para nova interrupção do serviço nesta quinta-feira.

    Não é primeira onda de violência registrada em Santa Catarina. Em 2012 e no ano passado, a Polícia Militar registrou 182 ataques em 54 cidades, a maioria contra ônibus e instalações da segurança pública.

    Guto Kuerte/Agência RBS/Folhapress
    Novos ataques foram registrados em Santa Catarina nesta semana
    Novos ataques foram registrados em Santa Catarina nesta semana

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