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    Eleições fortalecem 'bancada da bala' na Assembleia Legislativa de SP

    ARTUR RODRIGUES
    REYNALDO TUROLLO JR.
    DE SÃO PAULO

    02/10/2014 02h00

    As eleições de domingo (5) fortaleceram no Legislativo paulista a chamada "bancada da bala", composta por políticos vindos da polícia. Passa de dois para quatro o número de deputados estaduais ligados à polícia.

    Hoje vereador na capital, o ex-comandante da Rota coronel Telhada (PSDB) foi o segundo deputado mais votado no Estado, com 254.074 votos.

    Além de Telhada, outro que deixará a Câmara Municipal para assumir uma cadeira na Assembleia Legislativa é o coronel Camilo (PSD).

    Juntam-se a eles o delegado Olim (PP), quinto mais votado no Estado, e o coronel Edson Ferrarini (PTB), que se reelegeu e irá para seu oitavo mandato na Assembleia.

    Como deputados federais, São Paulo elegeu o major Olímpio (PDT) –hoje deputado estadual– e o capitão Augusto (PR), ambos da PM.

    Segundo o coronel Camilo, a bancada estadual vai se articular com a federal para aprovar em Brasília leis que endureçam as penas contra quem atacar policiais.

    Para o professor da FGV Rafael Alcadipani, o crescimento da "bancada da bala" reflete principalmente a sensação de insegurança dos paulistas –que têm visto os roubos crescerem neste ano.

    Ainda segundo Alcadipani, os deputados na Assembleia deverão atuar mais em questões corporativistas, pois a legislação penal só pode ser mudada no Congresso.

    Já na avaliação de Camila Dias, da Universidade Federal do ABC, a eleição de políticos que defendem a "linha dura", muitas vezes "no limite da lei", expressa uma "cultura autoritária de parte da população".

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