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    Jean Pierre Manzon (1954-2014) - Prezava as fotografias perfeitas

    ANDRESSA TAFFAREL
    DE SÃO PAULO

    09/10/2014 00h01

    Influenciado pelo pai, o cineasta e fotógrafo Jean Manzon, Jean Pierre andava com uma câmera para cima e para baixo já desde criança.

    Aos 18 anos, abriu sua primeira produtora. Nunca abandonou a fotografia, mas sua preferência eram os vídeos.

    Realizou documentários de Norte a Sul do país e em diversos outros países. Uma de suas obras-primas é o longa-metragem "O Novo Brasil", que mostra a potência da indústria, da natureza e do povo brasileiros. Com ele, venceu o Festival de Chicago de 1992.

    Também se destacou na publicidade. Durante anos, produziu filmes para a Varig.

    Era um aficionado por imagens aéreas, que acabaram se tornando uma das marcas de seu trabalho. Várias delas integram o banco de fotografias da agência Getty Images.

    Curiosamente, fez poucas imagens da família. "Ele gostava de fotos com ângulos e luzes perfeitos, não tinha essa de registrar só para guardar um momento. Então acho que não tinha paciência para esperar a gente ficar quieto", conta Jean-Louis, que seguiu os passos do pai —e do avô.

    Nem nas horas de folga Jean Pierre deixava a profissão de lado. Adorava falar sobre filmes —além de política e história— e de ir ao cinema, preferencialmente sozinho, pois não queria ser importunado com comentários durante uma cena importante.

    Películas de cineastas como Sergio Leone, Akira Kurosawa e Francis Coppola faziam seus olhos brilharem.

    Morreu no dia 26, aos 60 anos, devido a problemas no coração. Deixa os filhos, Jean-Louis, Sophie Caroline, Paul Edouard e Marie Isabelle.

    coluna.obituario@uol.com.br

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