Os vereadores da CPI sobre o problema hídrico na cidade usaram até a própria calvície para ironizar as repetidas afirmações da presidente da Sabesp, Dilma Pena, de de que não há racionamento.

"Fico feliz com as considerações da senhora porque eu e o vereador Ari [Friedenbach, do PROS], quando chamarem a gente de careca, podemos dizer que tivemos o potencial capilar diminuído", disse o presidente da CPI (e careca) Laércio Benko (PHS).

O assunto voltou mais adiante, por meio de um cabeludo, o vereador Mario Covas Neto (PSDB).

"Qual é o objetivo dessa diminuição da pressão? É diminuir o consumo, é fazer com que as pessoas sejam penalizadas ou simplesmente para satisfazer os carecas da CPI?", perguntou o tucano.

	Eduardo Knapp - 05. set.14/Folhapress
	O vereador Laércio Benko (PHS), presidente da CPI sobre a crise da água em São Paulo

O vereador Roberto Tripoli (PV), também "com o potencial capilar diminuído", não gostou da brincadeira.

"Requeiro que retire dos anais da CPI tanto a palavra do senhor presidente [Benko] em relação à calvície quanto a de vossa senhoria [Covas Neto]", disse.

Após a CPI, Benko criticou a postura assumida pela presidente da Sabesp. "Usar de eufemismos [para falar sobre falta de água] até ofende a seriedade do assunto e inteligência da população. Por isso, fiz uma brincadeira para provocar", disse.

O vereador Nabil Bonduki (PT) afirmou que, pelo depoimento de Dilma, "é como se tudo estivesse bem".

"[A presidente da Sabesp] Não deu respostas concretas sobre como vai enfrentar a crise que estamos vivendo", disse.