A Secretaria da Segurança Pública afirmou, em nota, que "não foi a pasta que contratou o Detecta, mas a Prodesp", e que, por isso, prestará esclarecimentos ao TCE (Tribunal de Contas do Estado) apenas no que lhe couber.
O Tribunal investiga a participação de um coronel da Polícia Militar na aquisição, pelo governo paulista, de um programa da Microsoft para a inteligência policial.
Para a secretaria, não houve irregularidade no fato de o coronel Alfredo Deak Junior trabalhar para a Microsoft em maio de 2013, ou seja, antes de aposentar-se oficialmente, porque ele estava de licença.
"Em termos práticos, o coronel estava fora da PM."
O secretário de Planejamento, Julio Semeghini, responsável pela aquisição do Detecta, disse à Folha que a participação de Deak na compra do sistema foi "zero".
"Nunca na minha vida tomei um café com o Deak fora daqui, nunca conversei com ele, nunca o vi fora daqui", afirmou Semeghini.