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    Mãe de menina que era torturada por padrasto é presa no interior de SP

    KAIO ESTEVES
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM ARAÇATUBA (SP)

    09/10/2014 19h50

    A Polícia Civil de Araçatuba prendeu, no final da tarde desta quinta-feira (9), a mãe da menina de três anos que foi vítima de maus-tratos físicos e psicológicos. O padrasto é suspeito de praticar e filmar os casos que ocorreram em Araçatuba (a 527 km de São Paulo).

    Segundo o juiz Emerson Sumariva Júnior, da 3ª Vara Criminal da cidade, que decretou a prisão, há "sérios indícios" de que a mãe participou das agressões, registradas em vídeo. Ela já tinha perdido a guarda da filha, que está aos cuidados do Conselho Tutelar.

    Reprodução
    Menina tem as pernas presas com fita; padrasto foi preso sob suspeita de tortura
    Menina tem as pernas presas com fita adesiva em SP; mãe e padrasto são suspeitos de tortura

    "Manter a ré solta é colocar em risco a integridade física da menina. Existem nos autos sérios indícios de que a ré filmou, fotografou e participou de todas as atrocidades praticadas, em tese, pelo réu [o padrasto]; sendo mãe, não tomou nenhuma atitude para impedir as condutas do réu", disse, no documento, o magistrado.

    A jovem estava na casa da mãe, também em Araçatuba, quando foi presa por policiais do GOE (Grupo de Operações Especiais). A mulher, que tem 21 anos, vivia no local desde que o marido foi preso, no dia 26 de setembro.

    Ela deve ser encaminhada para a cadeia feminina de General Salgado (a 545 km de São Paulo), onde permanecerá à disposição da Justiça. Já o marido dela foi transferido na quarta-feira (8) para a penitenciária de segurança máxima de Tremembé (a 147 km de São Paulo).

    Na semana passada, a Polícia Civil encontrou mais vídeos em um notebook do casal, nos quais a criança aparece amarrada com fitas colantes, tentando andar pela casa. O padrasto também aparece, em outro vídeo encontrado, negando-se a dar leite para a criança enquanto ela chora.

    Em depoimento à Polícia Civil, no último dia 1º, a mãe confessou que participou de algumas gravações, de acordo com a delegada Luciana Pistori, da DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) de Araçatuba.

    A delegada disse que só deve se pronunciar sobre a prisão na sexta (10) e não soube dizer se a mãe da menina tem advogado constituído.

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