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    UPA que atendeu suspeita de ebola impede pacientes e médicos de sair

    LUIZ CARLOS DA CRUZ
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM CASCAVEL (PR)

    10/10/2014 07h03

    Por precaução, várias pessoas estão proibidas de deixar a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 2, no bairro Brasília, em Cascavel (PR), onde um paciente notificado com suspeita de ebola, vindo da Guiné, na África, ficou internado isolado.

    Entre as pessoas retidas na unidade de saúde estão médicos, pacientes e dois policiais militares que fazem a escolta de um preso atendido no local.

    Dois médicos infectologistas do Ministério da Saúde foram enviados por segurança na noite de quinta-feira (9) a UPA. Eles são responsáveis em avaliar as pessoas que tiveram contato com o homem, notificado com suspeita de ebola.

    Após a avaliação, os médicos do Ministério definirão quem são as pessoas que poderão ser liberadas.

    O paciente Souleymane Bah, 47, ficou internado até a madrugada desta sexta-feira na UPA. Por volta das 5h, ele foi transferido ao Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, no Rio de Janeiro (RJ).

    Editoria de Arte/Folhapress

    Um médico e uma enfermeira de Cascavel acompanharam o paciente que desembarcou da ambulância caminhando e se dirigiu até a aeronave da FAB (Força Aérea Brasileira), que os aguardava no aeroporto municipal Coronel Adalberto Mendes da Silva.

    A transferência exigiu uma série de medidas que fazem parte de um protocolo internacional quando há casos suspeitos de ebola. A ambulância, preparada para fazer o transporte até o aeroporto, chegou a UPA 2 por volta das 3h40. A equipe estava paramentada com roupas especiais para evitar uma possível contaminação.

    O paciente, que também recebeu roupas especiais para a viagem, foi paramentado durante meia hora antes de seguir para o aeroporto. A ambulância seguiu escoltada por um carro da Polícia Militar.

    Os três pilotos da aeronave da FAB também precisaram usar as vestimentas especiais para a viagem. O avião decolou por volta das 5 horas.

    O guineano Souleymane chegou por volta das 6h30 no aeroporto do Galeão, no Rio, segundo informações da TV Globo. No local, ele será recebido por uma equipe da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para fazer a desinfecção do avião, segundo a TV Globo

    Segundo a Secretaria de Estado da Saúde do Paraná, é o primeiro caso suspeito da doença que foi notificado por uma prefeitura neste ano.

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