• Cotidiano

    Saturday, 18-May-2024 04:28:33 -03

    Africano deu endereço errado no PR ao dar entrada em pronto-socorro

    LUIZ CARLOS CRUZ
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM CASCAVEL (PR)

    10/10/2014 12h06

    O paciente suspeito de estar contaminado com ebola e que está internado no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, no Rio de Janeiro, deu endereços que não conferem às autoridades de Cascavel (a 498 km de Curitiba), informou nesta sexta-feira (10) a prefeitura local.

    Souleymane Bah, 47, está refugiado no Brasil. Antes de ser transferido para o Rio, Bah estava internado na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da cidade paranaense, onde a suspeita da doença foi apontada na noite de quinta-feira (9). Lá, ele ficou isolado e, por precaução, a unidade de saúde foi interditada –68 pessoas tiveram de passar a noite no local, entre pacientes, funcionários e acompanhantes.

    De acordo com o prefeito Edgar Bueno (PDT), equipes da Secretaria de Saúde foram ao local que seria o endereço dele em Cascavel e constataram que ele não mora lá.

    Não se sabe quando ele chegou a Cascavel, mas na UPA 2, no bairro Brasília, Bah deu entrada por volta de 10h30 desta quinta-feira.

    Segundo Bueno, Bah entrou no Brasil pela Argentina e pediu refúgio à PF (Polícia Federal) em Dionísio Cerqueira, município catarinense próximo à fronteira argentina e a cerca de 190 km de Cascavel. A data do pedido é de 23 de setembro.

    Editoria de Arte/Folhapress

    FEBRE ALTA

    Vindo da Guiné, Bah reclamou aos atendentes da UPA paranaense de febre. De acordo com uma conselheira da saúde que entrou na unidade antes da interdição, os medicamentos utilizados não tiveram efeito contra a alta temperatura.

    Ao lado de Serra Leoa e Libéria, a Guiné é um dos três países que mais registraram casos de morte pela doença no continente.

    O atual surto de ebola, o pior de que se tem conhecimento, já havia matado 3.879 pessoas até o dia 5 de outubro, segundo estimativa da OMS (Organização Mundial da Saúde).

    No último mês, outros dois casos suspeitos semelhantes, de pessoas vindas da África, foram notificados ao Estado do Paraná por prefeituras. Naquelas ocasiões, porém, foram considerados suspeitas de malária, já que os pacientes não vieram de países africanos com registro de surto de ebola.

    Editoria de Arte/Folhapress

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024