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    Crise da água

    Alckmin diz que plano para volume morto será enviado nesta sexta

    GUSTAVO URIBE
    DE SÃO PAULO

    10/10/2014 13h05

    O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou que deve ser enviado ainda nesta sexta-feira (10) para a ANA (Agência Nacional de Águas) pedido de autorização para a captação da segunda cota do volume morto das represas do sistema Cantareira.

    O volume de reservação chegou nesta quinta-feira (9) a 5,3% de sua capacidade atual, nível abaixo do que era esperado pelo governo estadual para esta época do ano.

    Segundo tucano, com a utilização da reserva técnica, a capacidade deve subir de 5,3% para 16%.

    "As obras estão prontas, praticamente. Se houver necessidade, esses 5% já viram 16% no dia seguinte. A segunda reserva técnica é de 108 milhões de metros cúbicos", disse. "Vai ser encaminhado para a ANA, que já deu autorização para as obras, o pedido para a sua utilização. Ele deve ser encaminhado ainda hoje", acrescentou.

    A entrega de um planejamento para a operação de reservas do sistema Cantareira é uma exigência da agência reguladora federal para autorizar a captação da segunda reserva técnica, que fica abaixo do nível de captação.

    A ANA chegou a receber um versão do documento em 26 de setembro, mas segundo a agência reguladora, três dias depois a Sabesp pediu mais cinco dias úteis para "correção e entrega de novos estudos".

    O prazo venceu na última segunda-feira (6), dia seguinte ao primeiro turno das eleições, quando o governador foi reeleito. O tucano, no entanto, nega que houvesse prazo para a entrega do documento.

    Em entrevista à Folha, no final do mês passado, o governador havia dito que talvez não houvesse necessidade de se utilizar a segunda reserva técnica e disse que não há risco de racionamento de água em 2015, mesmo que não chova a média histórica para o ano.

    O governador participou nesta sexta-feira (10) de apresentação de policiais militares que reforçarão o policiamento no bairro do Morumbi, na zona oeste da capital paulista.

    Ele disse que não acredita que o agravamento da atual crise hídrica poderá prejudicar as intenções de voto do presidenciável do PSDB, Aécio Neves, em São Paulo.

    "A população separa muito bem as coisas. Nós atravessamos a maior seca do século e não foi exclusivamente São Paulo. Ao todo, 20% dos municípios estão em emergência por causa da crise hídrica", disse.

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