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    Mãe de menina torturada por padrasto é transferida para prisão de SP

    DE SÃO PAULO

    10/10/2014 18h59

    A mãe da menina de três anos vítima de maus-tratos físicos e psicológicos do padrasto foi transferida nesta sexta-feira (10) para a penitenciária de feminina de Tupi Paulista (a 646 km de São Paulo). Ela foi presa na quinta (9) após a Justiça decretar sua prisão preventiva por conta de "sérios indícios" de que ela participou das agressões à criança.

    Segundo a SAP (Secretaria de Administração Penitenciária), a mãe da menina chegou ao presídio por volta das 15h. Ela deverá ficar em um pavilhão separado, sozinha em uma cela, por dez dias. Neste período, ela não poderá receber visitas, com exceção de seu advogado.

    Reprodução
    Menina tem as pernas presas com fita; padrasto foi preso sob suspeita de tortura
    Menina tem as pernas presas com fita adesiva em SP; mãe e padrasto são suspeitos de tortura

    O padrasto da criança é suspeito de praticar e filmar os casos que ocorreram em Araçatuba (a 527 km de São Paulo). Entre os vídeos encontrados no notebook do casal, há imagens da criança amarrada com fitas colantes, tentando andar pela casa. O padrasto também aparece, em outro vídeo encontrado, negando-se a dar leite para a criança enquanto ela chora.

    Segundo o juiz Emerson Sumariva Júnior, da 3ª Vara Criminal da cidade, que decretou a prisão da mãe da menina, há "sérios indícios" de que ela participou das agressões, registradas em vídeo. Ela já tinha perdido a guarda da filha, que está aos cuidados do Conselho Tutelar.

    "Manter a ré solta é colocar em risco a integridade física da menina. Existem nos autos sérios indícios de que a ré filmou, fotografou e participou de todas as atrocidades praticadas, em tese, pelo réu [o padrasto]; sendo mãe, não tomou nenhuma atitude para impedir as condutas do réu", disse, no documento, o magistrado.

    O advogado da mãe da menina foi procurado por telefone no início da noite desta sexta, mas não foi localizado para comentar. Em depoimento à Polícia Civil, no último dia 1º, a mãe confessou que participou de algumas gravações, de acordo com a delegada Luciana Pistori, da DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) de Araçatuba.

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