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    Crise da água

    Sabesp propõe reduzir imediatamente retirada de água do sistema Cantareira

    DE SÃO PAULO

    10/10/2014 19h54

    A Sabesp informou na noite desta sexta-feira (10) que encaminhou aos órgão reguladores uma proposta de redução da retirada de água do sistema Cantareira. Segundo a empresa, a diminuição da vazão começaria imediatamente e seguiria até abril de 2015, sem que o abastecimento da população fosse prejudicado.

    O plano de redução foi especificado no relatório de planejamento para a operação de reservas do sistema Cantareira, entregue nesta sexta. O projeto é uma exigência da ANA (agência reguladora federal) para autorizar o uso do "volume morto" (reserva de água que está abaixo dos pontos de captação das represas).

    A proposta da Sabesp é reduzir imediatamente a retirada de 19,7 m3/s para 19 m3/s e, reduzir novamente a partir de novembro, para 18,5 m3/s. Segundo a companhia, antes da atual crise hídrica, eram retirados 31 m3/s do sistema para atender aos consumidores da região metropolitana de São Paulo.

    Mesmo com a redução, que vai reduzir a captação a quase 60% do que era retirado antes da crise, a Sabesp diz que "o relatório demonstra que é possível garantir o abastecimento da população mesmo com uma vazão menor".

    "Com a contribuição da população, que reduziu o consumo, associada a medidas operacionais da Sabesp, foi possível reduzir a retirada para os atuais 19,7 m3/s. Nesse período, outros sistemas passaram a atender 2,3 milhões de consumidores anteriormente abastecidos pelo Cantareira", afirmou a Sabesp em nota.

    A Justiça Federal já havia determinado, também nesta sexta que as agências ANA (federal) e DAEE (estadual) revisem a vazão de retirada de água do sistema Cantareira. A liminar (decisão provisória) pretende garantir que a primeira fase do volume morto dure até o último dia de novembro.

    O mesmo despacho do juiz Miguel Florestano Neto, titular da 3ª Vara Federal em Piracicaba, excluiu a Sabesp do grupo de acompanhamento da crise do sistema Cantareira.

    A companhia disse, em nota, que "lamenta que o juiz não tenha dado à empresa ou à Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos a oportunidade de esclarecer as questões" e afirmou que se autorizada, vai usar a segunda cota do "volume morto" isso acontecerá "embasado em rigoroso estudo técnico e será feita de forma gradual e parcimoniosa".

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